Habitantes de Arraiolos promovem vigília e petição para exigir mais médicos

Habitantes do concelho de Arraiolos queixam-se da falta de médicos no centro de saúde local e, a par de uma petição na Internet, vão organizar, na sexta-feira, uma vigília para exigir mais clínicos.

Promovida Movimento de Utentes do Concelho de Arraiolos, a vigília para exigir a colocação de mais médicos no concelho está marcada para as 17:00 de sexta-feira, junto ao Centro de Saúde de Arraiolos. De acordo com o porta-voz do Movimento, José Manuel Pinto, “Ao longo dos últimos tempos, a situação agravou-se e é urgente que a população possa ter acesso a médico de família e até a consultas abertas”.

Aludindo à informação mais recente de que o movimento dispõe, esta unidade de saúde familiar tem “apenas um médico a tempo inteiro ao serviço”, ainda que outros clínicos tarefeiros prestem serviço na consulta aberta, refere o mesmo responsável, segundo o qual “a situação torna-se ainda mais dramática”, pois “a população é idosa e necessita de vigilância para as doenças crónicas”.

O movimento de utentes também lançou na Internet a petição “Pela resolução da falta de médicos na USF Matriz (Arraiolos)”, que já conta com 565 assinaturas, para a entregar posteriormente à Unidade Local de Saúde do Alentejo Central (ULSAC) e ao Ministério da Saúde.

O porta-voz do Movimento argumenta ainda que a situação “contribui para a degradação das condições de saúde da população” e exigiu às entidades responsáveis uma solução para a falta de médicos.

Na semana passada, a Câmara de Arraiolos, gerida pela CDU, divulgou nas redes sociais uma tomada de posição em que atribui a falta de médicos às “políticas de desinvestimento” no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e reivindica o financiamento adequado.

“A carência de médicos não será resolvida enquanto persistirem vínculos laborais precários e uma carga de trabalho desumana, que desincentivam a permanência dos profissionais no setor público”, defendeu.

O município revelou que, em outubro de 2024, reuniu-se com o presidente da ULSAC e voltou a pedir novos encontros com este responsável e com a ministra da Saúde, em articulação com as juntas de freguesia do concelho, para discutir o problema.

Partilhar artigo:

ASSINE AQUI A SUA REVISTA

Opinião

PUBLICIDADE

© 2025 Alentejo Ilustrado. Todos os direitos reservados.

Desenvolvido por WebTech.

Assinar revista

Apoie o jornalismo independente. Assine a Alentejo Ilustrado durante um ano, por 30,00 euros (IVA e portes incluídos)

Pesquisar artigo

Procurar