“Este Governo, tal como o anterior, concorda com que seja a Santa Casa da Misericórdia de Serpa [através da UMP] a gerir o equipamento”, garante ao “Diário do Alentejo” o novo presidente do Hospital de São Paulo, José Rabaça, explicando que o objetivo é torná-lo numa “unidade complementar do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e nele integrado, para ser viável”.
Ainda de acordo com José Rabaça, o futuro da unidade de Serpa “terá muito a ver com a necessidade de apoio às especialidades de cada um dos outros hospitais”, designadamente os de Évora e do Litoral Alentejo
“É tudo isto que será contratualizado com o Estado, quer nas cirurgias, quer nas consultas externas”, resume o dirigente hospitalar, citado na edição em papel do “Diário do Alentejo”.
Conforme noticiado pela Alentejo Ilustrado, a 16 de janeiro deste ano a União das Misericórdias Portuguesas assumiu a gestão do Hospital de São Paulo, tendo reaberto o Serviço de Atendimento Permanente (SAP), que se encontrava encerrado desde 30 de setembro do ano passado, devido à falta de médicos. O SAP funciona entre as 08h00 e as 24h00, estando encerrado durante o período noturno, o que levou a Entidade Reguladora da Saúde (ERS) a emitir uma “instrução” à entidade gestora para garantir o funcionamento do serviço de urgências durante as 24 horas.
Nessa instrução, a ERS diz que a Misericórdia deve “garantir, em permanência, o cumprimento integral do acordo de cooperação celebrado” com o Estado em novembro de 2014, assegurando “o funcionamento do serviço de urgência avançado no horário previsto”. De entre as “obrigações” assumidas pela Misericórdia há 10 anos incluía-se a garantia do “funcionamento durante todo o ano e 24 horas por dia de um serviço de urgência avançado”.
O acordo de cooperação termina em dezembro deste ano, mas como não foi denunciado por nenhuma das partes será automaticamente renovado. A unidade médico cirúrgica do Hospital de Serpa poderá entrar em funcionamento já no próximo mês de outubro, garantiu José Rabaça.