PUBLICIDADE

“Infinito (isto não é um livro)”, de Teresa Revez, entra no Plano Nacional de Leitura

Partindo do mote “nada te impede”, proferido por Manuel, filho de Teresa Revez, aquando da mudança na estrutura familiar decorrente do nascimento do seu segundo filho, surgiu a ideia de um livro. E o livro foi escrito. “Infinito (isto não é um livro)” chega agora ao Plano Nacional de Leitura. Maria Frederica (texto)

A obra, recentemente incluída no Plano Nacional de Leitura, dirige-se a um público-alvo dos 6 aos 10 anos, mas que devido à sua índole preponderantemente filosófica pode, também, ser lido por qualquer adulto, que se interesse pela jornada do autoconhecimento e que esteja aberto à mudança de perspetiva.

A autora, Teresa Revez, afirma no próprio título que este “não é um livro”, mas sim um presente em forma de livro, resultado das várias sessões de leitura que partilha com o seu filho, e de onde surgiu a ideia de escrever este texto, que explora de forma muito curiosa a capacidade infindável de atingir objetivos se eliminarmos o conceito de “impossível”. 

A narrativa desenvolve-se como se de uma carta se tratasse e funciona como um depoimento sobre o papel da criatividade e da arte no desenvolvimento dos jovens, tendo como alicerce central a boa relação parental que incentive o gosto pela cultura e pela criação artística.

O ponto de partida é uma vela de aniversário com o número oito, que a autora afirma ser uma personificação de cada um de nós e que despoletou uma reflexão sobre a mudança substancial das coisas consoante a perspetiva que utilizamos para as analisar: “Um dia ou dia um? Dia primeiro? Há dias em que se mudarmos a perspetiva, um oito pode ser o infinito”.

Repleto de contos, fábulas e narrativas, o “Infinito (isto não é um livro)” aborda temáticas como a diferença, o vazio ou o crescimento, e relaciona conceitos como a valentia, a criatividade e a tenacidade. À partida, estas ideias podem parecer complexas de explicar a uma criança, todavia, a autora, faz essa ponte através de metáforas e da desconstrução dos conceitos. 

Teresa Revez recusa a aproximação à literatura de “auto-ajuda”, afirmando que com este livro pretende fomentar a reflexão sobre “que parte de nós pode pensar que alguma coisa nos impede” e, em última instância, conduzir à mudança. Faz, também, um apelo à valorização das pequenas coisas, como as rotinas e os simbolismos ocultos, afirmando que “a vida tem estas poesias e este livro é precisamente sobre isso”.

Sendo esta obra o resultado de um “caminho leitor” entre mãe e filho, fez-lhe todo o sentido incluir os filhos em todo o processo, inclusive na ilustração. Esta resultou de um trabalho coletivo que nasceu da união da pintura com a fotografia e a colagem, que a autora relata com carinho, revelando que o processo permitiu que o livro esteja repleto de simbolismos resultantes da sua relação com os filhos e do seu crescimento enquanto pessoas. 

Ainda nesta tarefa, Teresa Revez acrescenta, também, um hashtag, de forma a disseminar a dita mensagem. O #nadateimpede remete para a força das histórias que lemos e nas quais nos conseguimos ler.

Partilhar artigo:

edição mensal em papel

Opinião

PUBLICIDADE

© 2024 Alentejo Ilustrado. Todos os direitos reservados.

Desenvolvido por WebTech.

Assinar revista

Apoie o jornalismo independente. Assine a Alentejo Ilustrado durante um ano, por 30,00 euros (IVA e portes incluídos)

Pesquisar artigo

Procurar