Segundo o Cendrev, o espetáculo, com encenação do luso-suíço Georges Guerreiro, conta com a interpretação dos atores Allex Miranda, Ana Meira, Ivo Luz, Jorge Baião, José Russo, Luís Bonito, Maria Marrafa e Rosário Gonzaga.
“Conhecido por ser um dos maiores encenadores portugueses em atividade, João Cabral tem de reunir uma equipa artística de alto nível para criar, no palco do Teatro Garcia de Resende, em Évora, a lendária peça de Shakespeare, mas o teatro está constantemente sujeito a incertezas, constrangimentos e acidentes”, pode ler-se na sinopse.
Esta peça teatral fica em cena até 16 de março, na sala principal do teatro alentejano, com apresentações de quarta-feira a sábado, às 19h00, e aos domingos, às 16h00, estando ainda previstas sessões com tradução em língua gestual portuguesa nos dias 01 e 08 de março.
“Num equilíbrio subtil entre comédia e drama, Fabrice Melquiot apresenta uma peça de teatro dentro do teatro, uma mise en abyme ao mesmo tempo corrosiva e séria, onde a arte do ator é submetida a exame, à luz das notas de encenação de Stanislavski”, acrescenta a companhia.
Nascido em 5 de abril de 1972 em Modane, Saboia, Fabrice Melquiot é um dramaturgo, poeta, romancista, encenador e pedagogo francês. Iniciou sua carreira como ator na companhia Théâtre des Millefontaines, sob a direção de Emmanuel Demarcy-Mota, participando de montagens de grandes autores como Büchner, Copi e Shakespeare.

Como dramaturgo, conquistou destaque ainda no final da década de 1990 com textos voltados para o público infantil, como Le Jardin de Beamon e Les Petits Mélancoliques. Estas obras, transmitidas pela France Culture, renderam-lhe o Grande Prêmio Paul Gilson da Comunidade das Rádios Públicas de Língua Francesa e o Prêmio Europeu de Melhor Obra Radiofônica para Adolescentes.
Desde então, escreveu mais de 50 peças, publicadas principalmente pela editora L’Arche, e traduzidas para diversos idiomas. Suas obras foram apresentadas em países como Alemanha, Grécia, Japão, México, Canadá, Estados Unidos e Rússia. A sua escrita poética, que mistura lirismo e reflexão sobre a condição humana, é uma marca de sua dramaturgia.
Reconhecido internacionalmente, Fabrice Melquiot continua a inspirar gerações de artistas e leitores com sua habilidade única de explorar as nuances das relações humanas e os desafios da existência.