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João Cutileiro será nome de rua em Évora? Sim, não se sabe é quando

Dois anos depois de ter aprovado, por unanimidade, a atribuição do nome do escultor João Cutileiro a uma rua da cidade, a Câmara de Évora continua sem cumprir a sua própria deliberação.

“Já se passaram mais de dois anos”, desabafou a vereadora Lurdes Nico (PS) no decurso da reunião pública de Câmara, onde exigiu explicações sobre uma deliberação aprovada em fevereiro de 2022 que continua por executar. Nessa altura, todos os vereadores votaram a favor da atribuição do nome do escultor João Cutileiro, falecido um ano antes, a uma rua da cidade.

A rua está escolhida: é a que liga a rotunda das Portas do Raimundo à da estrada das Alcáçovas, passando pela Escola Severim de Faria. Mas lá continua sem nome. Primeiro porque não estava instalada a comissão de toponímia, depois porque estava mas faltava um parecer da Junta de Freguesia, depois… porque não.

“Já se decidiu o local, já se decidiu a rua, já se falou com a família. O que impede que este ato ainda não esteja efetivado?”, questionou Lurdes Nico.

“Falei com a viúva do escultor, encontrámos a solução adequada, ficámos de acertar uma data para a colocação do topónimo, mas isso não foi feito”, justificou o presidente da Câmara de Évora, Carlos Pinto de Sá, assumindo o compromisso de “voltar a falar” com a família de João Cutileiro para “ultrapassar rapidamente esta situação”. 

Quando a deliberação foi aprovada, a autarquia reconhecia ainda não ter feito “a devida homenagem” a João Cutileiro “através de uma cerimónia evocativa e colocação da placa com o seu nome no respetivo local” e a ideia era realizar a homenagem em junho de 2022, coincidindo com o dia do nascimento do escultor (26 de junho). Passaram dois anos.

Recorde-se que junto à Rotunda das Portas do Raimundo situa-se a casa/ateliêr de João Cutileiro, estando também ali instalada uma das suas obras mais icónicas, o “Arco do Triunfo”, peça de mármore com nove metros de altura por três de largura, inaugurada em 2005, com a qual o escultor quis “devolver à cidade” o antigo arco romano derrubado no século XVI por ordem do cardeal D. Henrique para a construção da Igreja de Santo Antão, na Praça do Giraldo.

Fotografia: ©Midas Filmes

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