A nomeação formal deverá ser aprovada na próxima sexta-feira, durante uma reunião da assembleia-geral da associação Évora 2027. A tomada de posse dos novos diretores está prevista para terça-feira, em Évora.
Manuel Veiga é licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e possui uma pós-graduação em Gestão Cultural nas Cidades.
Com uma carreira consolidada na área da gestão e produção cultural, o júri destacou a sua “larga experiência de gestão cultural de elevado grau de responsabilidade”, assim como a sua formação jurídica e profundo conhecimento do projeto. Entre os cargos que desempenhou anteriormente estão o de diretor municipal de Cultura de Lisboa e produtor no Programa Gulbenkian Criatividade e Criação Artística.
Por sua vez, John Romão, licenciado em Teatro pela Escola Superior de Teatro e Cinema, possui também uma pós-graduação e um mestrado em Estudos e Gestão da Cultura.
O júri sublinhou a sua “visão clara e alinhada com o conceito de ‘Vagar’”, eixo temático da CEC Évora 2027, bem como o seu conhecimento do território alentejano. A proposta de Romão destacou-se ainda pela articulação entre tradição e contemporaneidade, a valorização dos recursos locais e uma abordagem integrada em áreas como inclusão social, mediação cultural, sustentabilidade e impacto artístico. O encenador é também fundador e diretor da BoCA – Biennial of Contemporary Arts, com sede em Lisboa.
Com estas nomeações, a direção da Associação Évora 2027 fica completa, juntando-se à presidente Maria do Céu Ramos e aos diretores António Costa da Silva (financeiro) e Bruno Fraga Braz (comunicação e alcance).
A CEC Évora 2027 contará com uma verba de 25 milhões de euros para a recuperação de património, provenientes da reprogramação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), conforme anunciou recentemente a ministra da Cultura.
A dotação global para o projeto é de 49 milhões de euros, incluindo 15 milhões do Orçamento do Estado, 10 milhões de fundos europeus, quatro milhões do Turismo, cinco milhões destinados aos territórios envolventes e 15 milhões subscritos pelo município e parceiros.
Fotografia | BoCA/Arquivo