Jorge Barnabé: “O dedo e a lua”

A opinião de Jorge Barnabé, empresário

Reflicto sobre as presidenciais e o eventual não apoio do Partido Socialista a António José Seguro. O meu espanto não está na indefinição do PS, está sim na incapacidade política e na descredibilização do PS. Que o PS não entende, nem tão pouco tem coragem de assumir.

Oiço e vejo comentários que dramatizam a candidatura presidencial de António José Seguro, por poder vir a não ter o apoio do PS. Pois, essa não é uma desvantagem para o candidato, é antes uma possibilidade de credibilizar a sua candidatura, como independente e capaz de se ligar ao espaço político que o PS deixou de ocupar, mas que foi sempre seu. Talvez com um apoio tão evidente isso não seria possível construir na conjuntura actual.

A decisão de António José Seguro não só é honesta e livre como é também inteligente e taticamente oportuna. Eficaz, certamente!

A diabolização que estão a fazer da sua candidatura tem exactamente o efeito mobilizador que precisa para se posicionar como o único candidato do centro, e da esquerda! Veremos, com o tempo.

António José Seguro não perde com a indefinição e até com a estratégia interna de alguns dos responsáveis pelo estado a que o PS chegou e que continuam a querer dominar tudo e todos, como verdadeiros caciques. 

Seguro ganha pela independência, pelo estatuto de quem viu antes do tempo, avisou e defendeu o espaço político da social democracia, mesmo em silêncio!

Toda esta situação faz-me lembrar aquela imagem de um dedo que aponta à lua e todos admiram o dedo, sem perceberem que o encanto é o brilho que está na lua.

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BRUNO HORTA SOARES
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