José Alberto Fateixa: “100 anos e a abertura de estradas para a vida”

A opinião de José Alberto Fateixa, professor

30 de novembro: A pretexto da criação da Escola de Artes e Ofícios (EAO), foram comemorados “100 Anos de Ensino em Estremoz” iniciativa que saúdo. Se, como é evidente, os caminhos da educação e das escolas começaram antes, há no entanto, nesta data, um significativo simbolismo na nossa terra.

Da escola de ofícios à secundária: A EAO começou a funcionar no Largo do Castelo, no edifício do Museu Municipal e alguns anos após passou para o espaço onde hoje está a Pousada. A degradação e desadequação dos espaços, levaram à construção na primeira metade dos anos 60 (séc. XX) da escola técnica. No final da primeira década deste século a escola é renovada pela Parque Escolar. Em paralelo recordo a oferta liceal privada do Colégio de São Joaquim.

O território: É mais uma vez evidenciado que Estremoz tem uma longa história, onde a localização, os acessos, a dimensão, a conjugação urbano-rural, o peso relativo em setores como a economia, a defesa, as áreas sociais e uma natural vocação de ponto de encontro desses interesses foram, são e deverão ser determinantes na definição de opções locais e de coesão territorial.

A oferta educativa: Como é óbvio na definição oferta de cursos são fundamentais os saberes instalados, as atividades relevantes e o potencial de desenvolvimento do território. As sucessivas denominações de Artes e Ofícios, Industrial e Comercial e Secundária refletem asopções políticas das diferentes épocas para a educação, com o propósito de dar respostas a um território.

Considero que Estremoz deve continuar a ter a ambição estratégica de que a sua oferta educativa sirva necessidades de Estremoz e da nossa envolvente.

Aluno e professor: Como aluno estudei na Escola da Mata, na Telescola, no Colégio, na Seção Liceal e na Secundária e como professor desde sempre a minha casa tem sido a Escola Secundária e a Química a minha área.

Ao olhar o tempo percorrido tenho um significativo orgulho no abrir de caminhos que o trabalho das escolas possibilitou e possibilita, quer para os que frequentaram as universidades quer para os que são profissionais com formação da escola técnica.

Que enorme satisfação ter a noção de que fomos importantes no seu crescimento, na aquisição e estruturação de conhecimentos, de princípios e de valores, que salientámos a importância da compreensão dos problemas para os ultrapassar e que ajudámos na preparação para as complexidades de desafios cada vez mais exigentes e imprevisíveis da sociedade.

Os reencontros: É sempre um gosto rever colegas e alunos, termos oportunidade de falar dos percursos de vida e de sentir como a educação e as escolas são e serão fundamentais nas estradas das nossas vidas.

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