Primeiro a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) informou o Município de Santiago do Cacém que este ano, por razões orçamentais, não haveria possibilidade de abrir a Lagoa de Santo André ao mar. Depois do protesto dos autarcas e das populações locais, a APA voltou atrás e anunciou que o procedimento irá avançar na próxima segunda-feira, dia 8, a partir das 16h00.
O anúncio foi feito através de uma comunicação à Câmara, na qual a APA refere que “uma vez avaliados os agentes físicos em presença, e em articulação com o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, planeia efetuar o rompimento da barra arenosa que separa a Lagoa de Santo André do mar, podendo ocorrer ligeiras alterações ao planeado, em função dos fatores físicos atuantes”.
Ou seja, está previsto, mas a realização efetiva dependerá de vários fatores, sobretudo as condições meteorológicas. Mas não só. Em março do ano passado, por exemplo, a abertura da Lagoa chegou a estar anunciada para dia 7 de março, depois passou para dia 11, depois para dia 27 desse mês e, nessa altura… falhou. No dizer da população local, a operação terá sido “mal planeada”.
É com este histórico que a Câmara de Santiago do Cacém diz “manter a sobre a forma como o processo será feito no terreno, pois esse tem sido o grande problema nos últimos anos e que tem contrariado o objetivo da abertura da Lagoa ao mar que é renovação da água, melhorando a qualidade dos ecossistemas e contribuindo para a economia local”.
Na verdade, trata-se de uma ação fundamental para a renovação da água da Lagoa, “importante para o aumento da oxigenação, redução da eutrofização e estratificação, e para a entrada e saída de peixe, assim como o do ecossistema lagunar”.