O projeto, lançado pelo anterior Governo e que está a ser concretizado pela Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA), envolve um investimento global de 28,4 milhões de euros, destinados ao reforço do abastecimento à barragem do Monte da Rocha e à construção do bloco de rega de Messejana.
Trata-se, por um lado, de resolver os problemas de abastecimento de água às populações dos concelhos de Odemira, Castro Verde, Ourique, Almodôvar e Mértola, mas também de criar mais 2300 hectares de regadio nas freguesias de Messejana (Aljustrel) e Panóias (Ourique).
“É uma intervenção muito importante para esta região do Baixo Alentejo, não só do ponto de vista de abastecimento humano, mas também porque o cumprimento do Plano Nacional de Regadio coloca a sustentabilidade da água ao serviço do território e da agricultura”, diz o deputado e presidente da federação socialista do Baixo Alentejo, Nelson Brito, que visitou as obras acompanhado pelos presidentes de Câmara eleitos pelo PS na região.
“Está aqui comprovado que o Governo do Partido Socialista tinha uma visão para a água e para a gestão da água para garantir a sustentabilidade a um território que, de alguma forma, necessita desta água, não só para consumo humano, também para a economia. E a economia ganha muito com esta sustentabilidade da água ao serviço do território”, avançou Nelson Brito.
A obra, cujo contrato de empreitada foi assinado em janeiro deste ano, permitirá o reforço de recursos hídricos da albufeira da barragem do Monte da Rocha que vem estando recorrentemente nos seus níveis mínimos, face à reduzida pluviometria e às elevadas solicitações de água. De acordo com a EDIA, trata-se de projeto fundamental para criar “uma maior resiliência às alterações climáticas, aumentando significativamente a garantia quer de abastecimento público quer do benefício hidroagrícola”. O prazo de conclusão é de 21 meses.
Além de assegurar o abastecimento aos cinco municípios, o projeto inclui a criação de um bloco de rega com 2300 hectares. “A agricultura de sequeiro e a pecuária ganham uma outra capacidade de resiliência. É uma agricultura que teima em manter-se no território e em promover uma verdadeira coesão territorial”, sublinhou o dirigente socialista.