Luís Assis: “Chega de promessas”

A opinião de Luís Assis (advogado)

Uma das grandes promessas era acabar/varrer com o socialismo em Portugal e, eis senão quando, se verifica que são promessas vãs, para quem acreditou nelas, porque aderiu ao socialismo no seu pior, que é prejudicar a classe média, tratando-a como muita rica, que o não é.

Já sabíamos que a esquerda e a extrema esquerda são contra a classe média, que nivela tudo pela negativa, que não baixa impostos, nem os quer baixar a quem singrou na vida, esbulhando-lhe cerca de 50% do seu rendimento.

Foi sem surpresa que se viu a esquerda e a extrema-esquerda votarem contra a proposta do Governo da AD para baixar a taxa de IRS até ao 8.º escalão, cumprindo os seus objectivos de acabar com os ricos para ficarmos todos pobres, em vez de acabar com os pobres.

A votação do Chega aliou-se à esquerda e extrema esquerda para que a classe média não tivesse um alívio fiscal no seu IRS, ao não aceitar que se baixasse as taxas dos 7.º e 8.º escalões de IRS. Para o Chega é preferível que as pessoas continuem a pagar a brutalidade de impostos decididos pelo PS do que ter um alívio, mesmo que seja pequeno, nos seus impostos, agora proposto pelo governo da AD.

Quando o Chega viabiliza as propostas do PS e viabiliza o chumbo das propostas da AD, tal significa que não quer acabar com o socialismo, permitindo que ele continue a decidir as políticas em Portugal.

O Chega tem permitido e viabilizado todas as propostas da esquerda e da extrema esquerda, ao contrário de tudo aquilo que prometeu em campanha, dando-lhe visibilidade e poder, ao contrário de tudo aquilo que afirma, como forma de pagamento do favor que a esquerda e extrema esquerda lhe fazem de se poder vitimizar.

Um partido que viabiliza propostas da esquerda e da extrema esquerda não é nem pode considerar-se um partido de direita. Atacar a classe média, tal qual a esquerda e a extrema esquerda o fazem, não é de um partido de direita.

O Chega é apenas a correia de transmissão de conversas de café, tal como a CGTP é correia de transmissão do PCP, e nada mais, nada resolve, nada propõe, cria apenas obstáculos à resolução dos problemas das pessoas para se alimentar do descontentamento.

O Chega, tal como a CGTP e o PCP, não quer resolver coisa nenhuma, porque perde os votos do descontentamento das pessoas, apenas lhe interessa que haja mais, para chegar ao poder, por isso impede que o governo da AD os resolva!

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