Luís Assis: “Executivo balão”

A opinião de Luís Assis, advogado

A um ano das próximas eleições autárquicas é imperioso perceber o que foi feito pelo actual executivo camarário em Estremoz, nomeadamente, que políticas públicas estruturais foram lançadas para promover o crescimento económico do concelho.

Tais políticas são funda- mentais para inverter a desertificação, criar expectativas de futuro para os estremocenses e cativar outras pessoas de fora a investirem no concelho, criando postos de trabalho.

É tempo de o executivo mostrar o trabalho que fez nesta área, no entanto, nada tem para mostrar porque, do que é dado ver, nada foi feito em termos de investimento no crescimento económico do concelho, pois não se vislumbra que empresas aqui se vieram estabelecer e criar postos de trabalho, como resultado das suas eventuais políticas.

Fez-se uma mera gestão corrente do dia a dia, sem que se tenha programado um único projecto que aposte no investimento para a criação de postos de trabalho, crescimento económico sustentado com criação de riqueza no concelho.

Fizeram-se gastos avulso sem qualquer lógica nem rumo, num desperdício de dinheiros públicos sem qualquer retorno, apenas para ocultar o trabalho que não foi feito, isto é, um projecto de crescimento económico para o concelho.

Os poucos investimentos que foram feitos ou estão em curso, esbarram na burocracia dos serviços da Câmara, levando uns a desistirem e outros a não voltarem a investir em Estremoz, dada a péssima e calamitosa resposta. Nem isto fez acordar dadormência em que o executi- vo camarário vive.

Estremoz, passados quatro anos está exatamente igual ao que estava há quatro anos atrás, sem que o executivo camarário tenha deixado alguma marca da sua gestão, a não ser nas despesas, muitas, de uma gestão sem qualquer sentido.

Estremoz é uma marca forte, com grande capacidade de atracção, mas nem assim o atual executivo fez alguma coisa para a aproveitar e projectá-la a nível nacional e internacional, antes pelo contrário, ficou-se pela pequenez, pela falta de visão, pela ausência de um projecto verdadeiramente transformador.

Ter como ambição apenas a criação de eventos efémeros e desgarrados, não traz qualquer benefício económico estruturante e duradouro, pelo que são inconsequentes e apenas gastam dinheiro. É como um balão que enche e despeja.

Este executivo demonstrou uma total e absoluta incapacidade para governar, pelo que, não merece continuar.

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