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Mais acidentes, mais mortes. 2023 foi trágico nas estradas do Alentejo

A sinistralidade rodoviária agravou-se o ano passado, tendo sido registado um aumento de 8,1% no número de acidentes com vítimas e de 13% no de vítimas mortais. Ana Luísa Delgado (texto) e Gonçalo Figueiredo (fotografia)

Divulgado pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), o relatório anual de sinistralidade relativo a 2023 é claro: as estradas do Alentejo estão mais perigosas. O ano passado foram registados 52 mortos em acidentes rodoviários nos distritos de Beja, Évora e Portalegre, um aumento de 13% face ao ano anterior. 

Note-se que os dados são relativos às primeiras 24 horas após o acidente, pelo que o número real de vítimas mortais será superior, se incluir as pessoas que acabaram por falecer nos dias posteriores. 

No IP 2 ocorreram oito mortes em consequência de acidentes, duas das quais num troço próximo de Monforte, entre os quilómetros 199,8 e 203. Num deles perdeu a vida um homem de 21 anos, em resultado da colisão entre o veículo ligeiro, que conduzia, e um pesado de mercadorias. No outro, a vítima foi um homem de 80 anos, cujo jipe se despistou. 

O número de acidentes com vítimas também aumentou (8,1%) de 2022 para 2023. O ano fechou com um total de 1275, dos quais 331 foram registados no distrito de Portalegre, o que traduz um aumento de 16,5%. Também o número de feridos graves se agravou nas estradas da região, tendo as autoridades contabilizado 207, o que traduz um aumento de 13,1% em relação ao ano anterior. 

Nestes três distritos foi registado um total de 1750 vítimas (incluindo mortos, feridos graves e leves), o número mais elevado dos últimos anos. De acordo com a ANSR, uma das explicações para este agravamento da sinistralidade poderá estar no “aumento da circulação rodoviária, com o correspondente acréscimo no risco de acidente”, uma vez que o consumo de combustível aumentou 6% ao longo do ano. 

A velocidade excessiva será outra explicação. “A gravidade dos acidentes aumenta quando não há congestionamentos e há menos trânsito porque as velocidades médias praticadas são mais elevadas”, lembra Alain Areal, da Prevenção Rodoviária Portuguesa.

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