Manuel Valério: “Queremos aproveitar ao máximo as verbas disponíveis”

Todos os autarcas estavam na expectativa que em 2024 pudessem ter saído mais avisos de candidatura aos fundos comunitários e só ultimamente é que essas oportunidades estão a surgir. Mesmo assim, o balanço deste ano é bastante positivo. Tivemos a oportunidade de concluirmos algumas obras que estavam em curso, tanto a nível do concelho como da região e destaco, em particular, a recente assinatura de contrato para construção da Barragem do Pisão, uma infraestrutura que irá servir todo o Alto Alentejo.

Em relação a 2025, esse será um ano completamente diferente. No que diz respeito à Câmara Municipal, teremos o maior orçamento de sempre, no valor de 13,5 milhões de euros, que permitirá construir o novo posto da GNR, obra que irá iniciar-se já no princípio do ano.

E que também inclui a construção de uma nova ponte para ligar o concelho de Sousel ao de Avis, um projeto de 1,5 milhões de euros, além de várias requalificações nas freguesias de Cano e de Casa Branca, respetivamente no Largo do Rossio e na Rua Conde Valença, e a remodelação de uma artéria na freguesia de Santo Amaro, com a requalificação da sede de uma sociedade recreativa, que adquirimos muito recentemente.

Esperemos que os avisos do Portugal 2030 continuem a sair, para que os municípios se possam candidatar e aproveitar ao máximo as verbas que vão estar disponíveis. Todos os autarcas estão a sentir o problema dos concursos que ficam desertos, o que dificulta a execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), sentimos muito essa dificuldade em adjudicar as obras, a mão-de-obra está escassa, os empreiteiros selecionam as obras que lhes garantem maior rentabilidade e muitas vezes lançamos os concursos com um determinado valor e ninguém concorre, pois os empreiteiros consideram-no baixo.

Outra das dificuldades que também nos é referida prende-se com os materiais, cujo preço tem subido bastante, o que leva algumas empresas a recusar a adjudicação de obras. Para não se perderem fundos é necessário ter os projetos já concluídos para que possam ser apresentadas as candidaturas e lançada a obra o mais rapidamente possível. Bem sei que 2030 ainda está longe, no entanto, os anos passam a correr e se não se avançar já corremos o risco de estar com o mesmo problema que sentimos agora para concluir o Portugal 2020.

No caso do PRR, em Sousel temos candidaturas à Estratégia Local de Habitação. Qual é a dificuldade que estamos a ter? Bem, conforme vamos realizando as obras há alguma dificuldade para receber as verbas. As câmaras municipais não têm grandes recursos, portanto deveria haver uma agilização do Estado no sentido de os municípios serem ressarcidos dos valores que vão aplicando.

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