Numa mensagem publicada hoje na página oficial da Presidência da República na internet, Marcelo Rebelo de Sousa lembra que António Borges Coelho foi um historiador “de formação marxista”.
“Todos os quadrantes reconhecem a sua importância como medievalista e os trabalhos fundamentais que escreveu sobre a presença islâmica em Portugal, as Descobertas e a Inquisição”, refere o chefe de Estado, realçando depois os livros “Portugal na Espanha Árabe”, “Raízes da Expansão Portuguesa” e “A Inquisição em Évora”, tema ao qual dedicou a sua tese de doutoramento na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
Na nota, assinala-se ainda que António Borges Coelho, natural de Murça, distrito de Vila Real, publicou diversas monografias e coletâneas, e sete volumes de uma “História de Portugal”.
“Membro do PCP, foi censurado, exilou-se, e esteve preso em Peniche em condições particularmente penosas. Mas assim como o historiador nunca se interessou apenas pelo coletivo, demorando-se em casos e vidas individuais, também o militante foi algumas vezes heterodoxo, e invulgarmente capaz de resistir não apenas à ditadura mas à amargura”, sublinha o Presidente que atribuiu a António Borges Coelho, em 2018, a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade.
“À família do Professor Borges Coelho apresento as minhas condolências e presto a minha homenagem”, acrescenta o Presidente da República.
As cerimónias fúnebres do historiador realizam-se na próxima segunda-feira, em Alcabideche, no concelho de Cascais. O corpo estará no Centro Funerário de Alcabideche, na segunda-feira, a partir das 12h00, onde será prestada uma homenagem, pelas 16:30, estando prevista a cerimónia de cremação para as 18h00.
Texto: Alentejo Ilustrado/Lusa | Fotografia: D.R.











