O recinto tem uma bancada coberta com capacidade para 2.500 pessoas, outra descoberta com mais 500 lugares, quatro balneários, auditório, ginásio, um espaço para o museu do clube, restaurante e parques de estacionamentos.
Numa segunda fase poderá crescer até aos cinco mil lugares, com uma condição: “a vista para a Sé, uma das mais fabulosas dos nossos campos de futebol, não pode ser prejudicada”, segundo disse o presidente do clube, António Sousa, no âmbito de uma reportagem publicada na Alentejo Ilustrado.
Desporto: Juventude de Évora ergue estádio com ambição internacional
António Sousa, presidente do Juventude Sport Clube, de Évora, mostrou-se orgulhoso com a concretização do projeto: “Este estádio já está na short list [lista restrita] de referência para o Campeonato Europeu [feminino] de 2029”, num “processo que se está a desenvolver em paralelo com a Federação Portuguesa de Futebol (FPF)”, adiantou.
Segundo o dirigente, a nova infraestrutura desportiva, com lotação para 3.000 pessoas, também está entre os locais que podem servir de “quartel-general” de uma seleção no Campeonato do Mundo de futebol a disputar em 2030, que será organizado por Portugal, Espanha e Marrocos.
“Se houver outras infraestruturas que se podem construir, e devem, podemos ter aqui uma seleção, que, por exemplo, apanhará o seu avião no Aeroporto de Beja para fazer o seu jogo em Barcelona [Espanha] ou em Casablanca [Marrocos]”, realçou.
Projeto avaliado em “cerca de oito milhões de euros”, o estádio foi financiado por uma cadeia de hipermercados, o Lidl, e está situado num terreno municipal com cerca de 20 mil metros quadrados, cedido em direito de superfície, após concurso público. É uma das contrapartidas para a multinacional do retalho ficar, durante 50 anos, com o direito de superfície de nove mil metros quadrados de terreno no antigo estádio do clube, que foi demolido e onde está a ser construído um supermercado.
“Com esta estrutura, o tempo do clube de bairro, para bem de todos nós, tem que ficar um pouco para trás, mas não quero dizer que o convívio entre as pessoas e aquela sensação de comunidade desapareça. Vai continuar e vai-se reforçar”, sublinhou António Sousa, acrescentando que a outra contrapartida do negócio envolve a construção do Parque Desportivo Sancho de Miranda, que está em curso, em parte do terreno do antigo estádio.
Este parque desportivo vai ter dois campos de futebol de 11 com relva sintética e outros dois pequenos campos, duas bancadas, um edifício com oito balneários, oficina, lavandaria, casas de banho e um segundo prédio com bar, secretaria e salas de reuniões.
Texto: Alentejo Ilustrado/Lusa | Fotografia: D.R.











