“Esperávamos ter conseguido abrir o Mercado há pelo menos um ano. Não foi possível, será agora”, diz o presidente da Câmara. Encerrado desde 2020, o mercado reabre esta quinta-feira, depois de um investimento de 2,5 milhões de euros em obras “absolutamente necessárias” para a modernização do espaço.
Lembrando que boa parte das obras decorreram ainda durante o pandemia de covid-19, “com escassez de trabalhadores e de materiais”, Paulo Arsénio explica ainda o atraso com “surpresas desagradáveis” surgidas durante a obra, que obrigaram a “alterações de projeto e a obras complementares que não eram expectáveis e demoraram bastante tempo”.
Depois, acrescenta, ainda houve problemas com a ligação elétrica, que implicaram a instalação de “um conjunto de elementos de segurança”, o que “empurrou” a conclusão da obra para novembro do ano passado. Houve ainda que aprovar um regulamento para “permitir a instalação dos operadores”, e realizar o respetivo concurso. “O processo de instalação foi rápido, o de obra é que demorou mais que o previsto”, sublinha.
Quando reabrir, no final desta manhã, o Mercado terá os seus espaços “quase todos” preenchidos – faltam três quiosques e duas lojas, agora a concurso -, numa taxa de ocupação que o presidente da Câmara de Beja classifica de “muito simpática”, tendo em conta o longo período de encerramento. “Tem havido uma boa adesão e muita procura, sobretudo por parte das lojas mais pequenas, que são 10. Se tivéssemos o dobro já estariam todas arrendadas”.
De acordo com Paulo Arsénio, alguns comerciantes que estavam no mercado, antes deste encerrar, “estão agora de regresso”, reiniciando a atividade, a que juntam “muitos operadores novos, o que permite uma renovação do espaço, aliando modernidade e tradição”. O objetivo do Município é precisamente esse: “Queremos que neste espaço a tradição se mantenha, mas que exista a possibilidade de negócios novos, diferentes, que tornem multifuncional e com uma oferta diversificada”.
Garantindo que o “novo” Mercado Municipal de Beja “está apelativo”, o autarca diz que a dinâmica do espaço “será a que os operadores lhe conseguirem dar”. Reabre com quatro quiosques, 21 lojas e 26 bancas de pescado, hortícolas e outros produtos alimentares.