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Ministério da Economia tenta ultrapassar diferendo entre mineiros e Somincor

Greve agendada para esta semana foi desconvocada. Esta sexta-feira, o Ministério da Economia vai acolher uma reunião entre o Sindicato dos Trabalhadores Mineiros e a Somincor na tentativa de resolver o conflito na mina de Neves Corvo (Castro Verde).

A reunião está agendada para as 11h00. Ouvido pelo jornal Correio Alentejo, o coordenador do Sindicato Mineiro, Albino Pereira, diz tratar-se de “um bom sinal” sobre a possibilidade de os trabalhadores chegarem a acordo com a administração da Somincor, concessionária da mina de Neves Corvo.

“Esperamos que a empresa tenha consciência que os trabalhadores precisam de um aumento salarial digno para fazer face às despesas diárias e à inflação no nosso país, tendo em conta, inclusive, que o preço do cobre está em alta como nunca esteve antes”, refere Albino Pereira, acrescentando que depois da reunião serão marcados novos plenários para decidir os passos a dar.

A marcação desta reunião veio suspender a greve de dois dias por turno que o Sindicato tinha convocado para esta semana, entre os dias 4 e 8, a segunda desde início do ano.

Além da reivindicação de aumento salarial mínimo de 150 euros, com retroativos a 1 de janeiro, os mineiros reclamam “a melhoria das carreiras profissionais, promoções automáticas e medidas efetivas que salvaguardem a vida, a saúde e a integridade física e psíquica dos trabalhadores”, criticando a “falta de resposta da administração ao caderno reivindicativo e em protesto contra o corte em algumas componentes do seguro de saúde”.

Sobre a mesa está igualmente a exigência do aumento em 5% do subsídio de laboração contínua e de 25% no de fundo, isto é, para os que se encontram a trabalhar no fundo da mina, onde recentemente um acidente mortal provocou a morte a um funcionário da empresa, além de negociação para a aceleração da progressão nas carreiras.

A empresa avançou no início do ano com uma proposta de aumento de 4,3%, tendo o administrador-delegado, António Salvador, recusado maiores aumentos salariais em virtude de a empresa estar a viver uma “situação económica e financeira de grande dificuldade”.

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