Ministra admite “atraso estrutural” na Évora 2027, mas garante solução

A ministra da Cultura, Margarida Balseiro Lopes, admitiu a existência de “um atraso estrutural” do projeto da Capital Europeia da Cultura (CEC) Évora 2027, mas considerou que está a ser corrigido e ainda há tempo para ser bem-sucedido.

“Há um atraso estrutural, que estamos a corrigir com realismo e com determinação”, reconheceu a governante, num discurso proferido numa sessão informativa sobre os programas artístico e de infraestruturas da iniciativa, realizada em Évora.

Assinalando ter “plena consciência de que os calendários são exigentes”, a ministra frisou que “a execução física e financeira do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] até junho de 2026 obriga a atuar com foco, agilidade e capacidade de articulação”.

“Mas também sabemos que há vontade, talento e capacidade instalada no território e é isso que importa mobilizar”, sublinhou a também titular das pastas do Desporto e da Juventude.

Margarida Balseiro Lopes lembrou que faltam menos de dois anos para o arranque da CEC Évora 2027, apontando que agora “é o tempo da preparação acelerada, de executar, de fazer e de mobilizar a sociedade civil” e disse ser o momento de “garantir que este projeto chegará de forma concreta às pessoas”.

Esta sessão, que decorreu no Convento de São Bento de Cástris, sede da associação gestora da iniciativa, na periferia da cidade, seguiu-se a um conjunto de reuniões entre a ministra, a Câmara de Évora e a direção e assembleia-geral da associação.

No final, em declarações aos jornalistas, a governante realçou que procurou, nestes encontros, “demonstrar o compromisso do Governo para com este projeto, que é de interesse nacional”.

“O compromisso do Governo, além do que teve a ver com a reprogramação do PRR [26 milhões de euros para requalificar património da cidade], é estar presente e permitir que Évora 2027 seja um sucesso e tem todas as condições para o ser”, acrescentou.

Questionada sobre divergências relacionadas com a forma do financiamento municipal, que a Câmara pretende que seja parcialmente em espécie, Margarida Balseiro Lopes indicou ter observado “uma grande harmonia e capacidade de interação”.

“Se esta for a marca, que acredito que vai ser todos os dias que se seguem até dia 01 de janeiro de 2027, não tenho dúvidas nenhumas que todos os desafios que existem vão ser, sem dúvida nenhuma, ultrapassados”, acrescentou.

Sobre a criação da Orquestra Regional do Alentejo, com que a sua antecessora, Dalila Rodrigues, se comprometeu em abril passado, a atual titular da pasta revelou que é um dos vários temas que tem para trabalhar nos próximos dias ou semanas.

Fotografia | Nuno Veiga/Lusa

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