Mora/25 – Mandato turbulento deixa aberta a corrida eleitoral

“Não há quem perceba”. Dito por um dirigente da distrital de Évora do PS, a frase obriga a uma contextualização. Em 2021, os socialistas foram o partido mais votado em Mora, o que sucedeu pela primeira vez desde o 25 de Abril. E não foi uma vitória por pouco. A CDU passou de 62,90% para 43,53%.

O PS mais do que duplicou a votação, passando de 22,21% para 48,12%, o que lhe permitiu eleger três dos cinco vereadores. Sucede que o mandato de Paula Chuço foi tudo menos pacífico, e João Marques, que foi chefe de gabinete da presidente e vereador socialista, surge agora a liderar um movimento independente que irá baralhar as contas.

“O concelho está parado e entramos na corrida porque identificámos que temos estrutura, pessoas com capacidade e responsabilidade e, acima de tudo, sabemos que podemos ganhar”, afirma João Marques, licenciado em ‘marketing’ e muito ligado ao associativismo local.

Paula Chuço irá também a votos, propondo a venda de lotes municipais a baixo custo para fixar jovens e a criação de um parque logístico para dinamizar a criação de emprego. No entanto, como a própria reconhece, a iniciativa não começou da melhor forma, com queixas de que “as casas são bastante dispendiosas”, pois os projetos-tipo “não vão ao encontro das necessidades dos jovens”.

Mora é também um concelho que a CDU quer recuperar. E, para isso, foi buscar Luís Simão, antigo presidente, que em 2021 não se pode candidatar. Diz a CDU que os objetivos estão definidos: recuperar a maioria no Executivo municipal e “inverter o período de uma questionável governação da gestão PS”, retomando o que designa como “o caminho do progresso e do desenvolvimento sustentado” do concelho.

“Vim para a vida política para ajudar”, diz, por sua vez, o cabeça-de-lista do Chega, João Casqueiro, apontando também a habitação como a principal prioridade: “Está incrivelmente difícil. Qualquer renda de casa custa no mínimo 450 euros e as pessoas em início de vida ou com mais idade dificilmente conseguem pagar este valor”.

Texto: Alentejo Ilustrado/Lusa | Fotografia: Arquivo/D.R.

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