Instalado no antigo mercado municipal, o museu volta esta tarde a abrir portas ao público, depois de obras que tiveram como principal objetivo corrigir “diversas patologias” detetadas no edifício, nomeadamente ao nível da acessibilidade, do conforto e da eficiência energética. A intervenção permitiu preservar a “função pública” e o “valor patrimonial” do imóvel, inaugurando uma nova fase na vida do museu criado em 1987.
A obra foi anunciada em setembro de 2018 pelo Município de Serpa, com a promessa de que estaria concluída “no primeiro semestre de 2020”. Os trabalhos acabaram por ser suspensos e, em dezembro de 2022, foi aberto um novo concurso para conclusão da empreitada, no valor de 512 mil euros, com a perspetiva de poder ser inaugurado no ano seguinte. Passaram-se mais dois.
O presidente da Câmara de Serpa, João Efigénio, sublinha a importância das melhorias realizadas, destacando que o investimento “possibilita a comodidade dos visitantes, mas, sobretudo, permite conservar as peças que estão patentes no museu”.
“Nós temos aqui muitas peças em madeira e sabemos que, com o nosso clima, com o calor e a humidade, ficam sujeitas a muitas alterações. Então, houve também um trabalho muito grande de criar condições de climatização e de manutenção da temperatura interior de forma a preservá-las”, explica.
O renovado museu disponibiliza agora dois pisos com salas de exposição permanente dedicadas aos ofícios tradicionais do concelho, onde podem ser apreciados “artefactos e mobílias diversas relacionadas com os ofícios de albardeiro, abegão, alfaiate, barbeiro, cadeireiro, carpinteiro, cesteiro, ferrador, ferreiro, latoeiro, oleiro, roupeiro e sapateiro”.
Para João Efigénio, este tipo de equipamentos culturais mantém um papel fundamental na valorização da memória coletiva, pela sua “dimensão humana”, já que “os pais vêm com os filhos, ou os avós com os netos, para mostrarem aquilo que eram e o que é que se fazia antigamente”.
O edifício dispõe ainda de uma sala para exposições temporárias e de um espaço de merchandising, com produtos concebidos em exclusivo para o museu pelo designer responsável pelo novo projeto museográfico. Entre as novidades do espaço, destacam-se os “registos de sons e de imagens em movimento” que, em algumas salas, permitem “envolver as pessoas” na experiência cultural.
Além dos tradicionais guias de visita, o museu disponibiliza agora códigos QR que permitem aos visitantes aceder a conteúdos digitais sobre o acervo e a história da cidade. “Ainda ontem enviei um ‘QR’ aos meus filhos e eles abriram-no em Lisboa e em Paris”, comentou o presidente, com humor.
Texto: Alentejo Ilustrado/Lusa | Fotografia: D.R.












Uma resposta
Boa Tarde gostaria de saber se também expõem peças de artesanato feitas em fósforos?
Pois sou eu que as faço e tenho muitas que gostaria de ver expostas a troco de nada, apenas mostrar o meu talento nada mais. se sim podemos conversar.
o meu Obrigado pela atenção
José David