A nova variante nascente de Évora irá custar 58,4 milhões de euros, naquele que será o “maior investimento inscrito” no Plano de Recuperação e Resiliência na construção de estradas e aumento da capacidade da rede rodoviária.
É pelo menos este o valor do investimento inscrito no caderno do encargos do concurso agora lançado pela Infraestruturas de Portugal (IP). As propostas terão obrigatoriamente de ser apresentadas até ao próximo dia 2 de maio, seguindo-se um prazo para análise e eventual contestação dos resultados. Havendo interessados, e um desfecho favorável, somar-se-ão depois 510 dias contados a partir da adjudicação da obra, período durante o qual a estrada terá de estar concluída.
O prazo é curto, tendo em conta que o PRR terá de estar totalmente executado até 31 de dezembro de 2026. Daí que o concurso indique que não poderá haver prolongamento do prazo de execução nem serão analisadas “propostas alternativas” ao projeto já elaborado.
De acordo com a IP, a empreitada a contratar “visa a construção de uma nova ligação rodoviária alternativa ao atual troço do IP2”, com início no denominado Nó de Évora Nascente da A6/IP7, imediatamente após a praça de portagem, a alguns quilómetros da Azaruja, e terminando no atual IP 2, junto a São Manços.
A futura variante terá cerca 12,8 quilómetros de extensão com dupla faixa de rodagem, revela a IP, acrescentando que ao longo do traçado “serão construídos restabelecimentos desnivelados”, sendo a interligação com a rede existente assegurada através dos nós de Vale de Figueiras e da Fonte Nova do Degebe e de uma rotunda de ligação à Estrada Nacional 18.
“O empreendimento prevê ainda a construção de oito passagens superiores, duas das quais sobre linhas de caminho de ferro”, informa a empresa.
Segundo a IP, a nova estrada “irá contribuir decisivamente para a melhoria das ligações rodoviárias na região de Évora, melhorar a segurança rodoviária e promover a competitividade das empresas e a mobilidade das populações”.