Em comunicado, a Direção da Organização Regional de Évora (DOREV) do PCP indicou que esta é “uma decisão sem credibilidade” e tomada a “pensar no calendário eleitoral que se aproxima”.
“O Governo que não aprovou o reforço de verbas apresentado pelo PCP na Assembleia da República no âmbito do Orçamento de Estado para 2025, que não transferiu as verbas para os equipamentos, que não reviu os protocolos com o município para as infraestruturas e acessibilidades, que emitiu o despacho a transferir a responsabilidade da obra para o Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde do Alentejo Central, provocando a sua demissão, é o mesmo Governo que anuncia o reforço de verbas de 32 milhões de euros para a obra”, disse.
No Conselho de Ministros realizado na sexta-feira, o Governo aprovou uma Resolução do Conselho de Ministros que “reprograma e reforça em 32 milhões de euros o investimento na construção do novo Hospital Central Alentejo de forma a aplicar o valor não gasto em 2024 a 2025”.
“Trata-se de um equipamento fundamental para a região e que vai servir 150 mil habitantes no distrito de Évora e cerca de 440 mil em todo o Alentejo”, pode ler-se no comunicado.
O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, considerou, na conferência de imprensa após a reunião de sexta-feira do Conselho de Ministros, que este reforço de verbas para a empreitada é “indispensável para que a obra se faça”.
A DOREV do PCP adiantou no comunicado que “desde que tomou posse este Governo PSD/CDS não transferiu, não reviu, não acompanhou, criou dificuldades e estrangulamentos” em relação a esta obra.
“Agora, quando se aproximam as eleições autárquicas e se preveem eleições legislativas antecipadas, o Governo anuncia verbas e intenções, que nem são discriminadas, nem resolvem os problemas que estão em falta resolver”, acrescentou.
Segundo o comunicado, o “Governo PSD/CDS faz do direito à saúde das populações um jogo político e um instrumento de campanha eleitoral”.
A Direção da Organização Regional de Évora do PCP adiantou que “denuncia a forma como o Governo PSD/CDS compromete a obra do novo hospital e reafirma a necessidade de garantir a sua gestão pública, garantia ainda mais importante agora que foi anunciada a criação de novas Parcerias Público-Privadas”.