Olivum revê previsões em baixa e aponta quebra de 20% na produção de azeite

A Olivum reviu em baixa as previsões para a campanha oleícola 2025/2026 e estima agora uma quebra de 20% na produção de azeite, apontando como principais causas a falta de chuva e as temperaturas elevadas que afetaram a maturação do fruto.

A Olivum – Associação de Olivicultores e Lagares de Portugal, atualizou as previsões da campanha olivícola nacional, antecipando agora uma quebra de produção de azeitona na ordem dos 20% face à campanha do ano passado. A diretora executiva da Olivum, Susana Sassetti, salientou que, com esta previsão de uma quebra de 20%, a produção nacional de azeite deverá situar-se entre as 140 mil e as 150 mil toneladas.

A associação adiantou que “os primeiros dias de colheita confirmam que a produção está aquém das expectativas” e assinalou que a situação reflete “o impacto do calor extremo e da ausência de chuva nos últimos quatro meses”.

“Em várias zonas de Portugal, a seca e as temperaturas elevadas durante a maturação provocaram desidratação do fruto, afetando a produtividade”, disse, frisando que até nos olivais regados “é necessária mais água e a sua falta está a ter um claro impacto na quebra de produção”.

De acordo com a diretora executiva da Olivum, “nos meses cruciais para a formação do azeite”, o setor encontra-se “perante um cenário difícil, praticamente sem qualquer precipitação”.

“Este ano, em relação à campanha anterior, em muitas zonas, o olival não teve capacidade para manter o desenvolvimento normal do fruto. Este cenário cria um clima de preocupação no setor, que enfrenta uma campanha marcada por grande variabilidade entre regiões e variedades, mas com uma tendência comum de redução de produtividade”, acrescentou.

A campanha oleícola 2025/2026 arrancou este mês e prolonga-se até dezembro, no caso do Alentejo, e até janeiro ou fevereiro, no caso do norte do país.

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