A Olivum – Associação de Olivicultores e Lagares de Portugal, atualizou as previsões da campanha olivícola nacional, antecipando agora uma quebra de produção de azeitona na ordem dos 20% face à campanha do ano passado. A diretora executiva da Olivum, Susana Sassetti, salientou que, com esta previsão de uma quebra de 20%, a produção nacional de azeite deverá situar-se entre as 140 mil e as 150 mil toneladas.
A associação adiantou que “os primeiros dias de colheita confirmam que a produção está aquém das expectativas” e assinalou que a situação reflete “o impacto do calor extremo e da ausência de chuva nos últimos quatro meses”.
“Em várias zonas de Portugal, a seca e as temperaturas elevadas durante a maturação provocaram desidratação do fruto, afetando a produtividade”, disse, frisando que até nos olivais regados “é necessária mais água e a sua falta está a ter um claro impacto na quebra de produção”.
De acordo com a diretora executiva da Olivum, “nos meses cruciais para a formação do azeite”, o setor encontra-se “perante um cenário difícil, praticamente sem qualquer precipitação”.
“Este ano, em relação à campanha anterior, em muitas zonas, o olival não teve capacidade para manter o desenvolvimento normal do fruto. Este cenário cria um clima de preocupação no setor, que enfrenta uma campanha marcada por grande variabilidade entre regiões e variedades, mas com uma tendência comum de redução de produtividade”, acrescentou.
A campanha oleícola 2025/2026 arrancou este mês e prolonga-se até dezembro, no caso do Alentejo, e até janeiro ou fevereiro, no caso do norte do país.











