Este para não acontecer, por alegadas dificuldades financeiras do ICNF, mas acabou mesmo por se realizar: a Lagoa de Santo André foi ontem aberta ao mar, numa operação acompanhada de perto por dezenas de populares. A operação iniciou-se pelas 15h00 e ficou concluída três horas depois.
Se tudo correr como previsto, o que nem sempre sucede (ou por deficiente execução dos trabalhos ou em virtude de condições climatéricas adversas”, a Lagoa deverá ficar ligada ao mar durante algumas semanas, “o máximo de tempo possível”, diz o presidente da Câmara de Santiago do Cacém, por forma a permitir a renovação das água.
Álvaro Beijinha lembra que “o objetivo da abertura da Lagoa ao mar é a renovação da água, melhorando a qualidade dos ecossistemas e contribuindo para a economia local”. É por isso que todos os anos, por esta altura, é retirada a faixa de areia que a liga ao Atlântico.
Além das questões ambientais, refere a autarquia, a não realização desta operação “afeta a comunidade piscatória e atividade económica da restauração, que se dedica em grande medida à confeção da enguia, prato ex-líbris da freguesia de Santo André, e do turismo pois pode colocar em causa a qualidade da água para a prática balnear”.