A apresentação está integrada na exposição “Três Moscas”, um projeto de André Maranha, Francisco Tropa, Jorge Queiroz e Pedro Morais e é já a segunda de um conjunto de cinco que terão lugar neste espaço.
A magia dos Bonecos de Santo Aleixo surpreende-nos assim que estes pequenos títeres de cortiça e madeira saltam para o retábulo de tecidos floridos e conseguem encantar o público ultrapassando até mesmo a barreira do idioma. Entre a improvisação que resulta da interação com o público e a fusão entre a cultura popular e a escrita erudita, estas marionetas conseguem criar, na penumbra da sala, uma atmosfera que parece proceder de séculos atrás. A música, interpretada ao vivo com uma guitarra portuguesa, é outro dos seus atrativos.
Os Bonecos, propriedade do Centro Dramático de Évora, são manipulados por “uma família”, constituída por atores profissionais (Ana Meira, Isabel Bilou, José Russo, Victor Zambujo e Gil Salgueiro Nave, que garante também o acompanhamento musical), que asseguram a permanência e continuidade deste espetáculo de expressão artística alentejana.
A apresentação no MAAT, refere a companhia, “será mais um testemunho vívido da preservação e celebração da memória dessa arte popular, tão enraizada na cultura portuguesa”.
Além destas apresentações, os Bonecos de Santo Aleixo viajarão ainda este mês até S. Luís (Vila Nova de Milfontes) para a realização de cinco espetáculos entre os dias 10 e 12 de maio.
