“O aumento do CSI é importante, não desvalorizo isso, mas afeta 200 mil pessoas. É importante para quem recebe, mas não nos podemos esquecer que há mais de um milhão de reformados e pensionistas no nosso país que recebe menos de 500 euros. Portanto, ficam 800 mil de fora dessa medida. Não é pouca gente”, afirmou Paulo Raimundo em declarações aos jornalistas.
Paulo Raimundo defendeu que os pensionistas precisam de um “aumento considerável” das suas pensões e considerou que, quem chegou à idade da reforma e “contribuiu para pôr este país a andar para frente, merece ter o máximo de dignidade possível.
“Isso implica não é apoios pontuais, medidas que dependem desta ou daquela vontade do Governo a cada altura. O que depende é do aumento considerável das reformas e das pensões, que corresponda, desde logo, às necessidades do dia-a-dia, ao aumento do custo de vida”, afirmou, sustentando que os reformados “têm direito a deixar de ter de optar entre alimentos e medicamentos”.
O secretário-geral do PCP criticou ainda o facto de o primeiro-ministro ter indicado que só irá dar apoios pontuais aos pensionistas se houver folga orçamental, salientando que PSD, CDS, Chega e IL “decidiram há poucos dias dar uma borla de fiscal de dois mil milhões de euros” a 19 grupos económicos, referindo-se à redução do IRC.
À chegada a Aljustrel, recebeu um ramo de cravos e salientou que, em troca, queria oferecer uma “grande vitória eleitoral” da CDU no próximo domingo, nesta terra mineira que foi sempre governada por coligações lideradas pelo PCP entre 1976 e 2005, quando passou para uma gestão do PS, que preside à autarquia desde então.
“Chegar aqui com esta força, esta determinação, esta confiança, esta dinâmica de vitória, estes extraordinários candidatos, quase que me obriga a dizer isto: parece que tenho de voltar cá rapidamente para o grande festejo que vamos ter no próximo domingo”, afirmou.
Mais tarde, durante um jantar comício em Santiago do Cacém, acusou PSD e PS de terem firmado uma coligação “ao mais alto nível” para “abocanhar o litoral alentejano”, mas avisou que o povo não “irá na cantiga”.
Texto: Alentejo Ilustrado/Lusa | Fotografia: Arquivo/D.R.











