Ovibeja: Marques Mendes apela à estabilidade e a menos ruído político

De visita à feira agropecuária em Beja, o candidato presidencial afirmou que os eleitores querem evitar novas eleições antecipadas e apelou aos partidos para que abandonem polémicas estéreis e se concentrem no essencial.

O candidato presidencial Luís Marques Mendes considerou que a maioria dos portugueses vai votar, nas legislativas do dia 18, a pensar na estabilidade do país e aconselhou os partidos a falarem “dos assuntos que interessam”.

“Eu não acredito que a maioria das pessoas vá votar por causa dos debates, por causa da Spinumviva [empresa fundada pelo primeiro-ministro e líder do PSD e que passou entretanto para os seus filhos] ou até por causa dos programas eleitorais”, afirmou.

Falando aos jornalistas à margem de uma visita à feira agropecuária Ovibeja, Marques Mendes admitiu que tudo terá “a sua influência” na escolha dos eleitores, mas reiterou que a maioria “vai votar, sobretudo, a pensar em estabilidade”.

“As pessoas têm medo que, daqui a um ano, possa haver mais uma crise, mais uma discussão e mais eleições antecipadas e isso não é bom para o país. As pessoas vão votar, de um lado ou de outro, a pensar na estabilidade e na garantia da estabilidade”, vincou.

O candidato presidencial recomendou aos partidos, “sem paternalismo”, que, para combater a abstenção, devem preocupar-se “em falar da estabilidade” e abordar os “assuntos que preocupam as pessoas, como saúde, habitação ou custo de vida”.

Questionado pelos jornalistas se os temas que disse interessarem aos eleitores têm sido debatidos, Marques Mendes reconheceu que em campanha eleitoral “há sempre excessos”, pois “é normal em campanha eleitoral”.

“Eu não quero estar a criticar ninguém. Quero, sobretudo, falar pela positiva e este conselho que dou é pela positiva. É construtivo. Falem dos assuntos que interessam às pessoas”, repetiu.

Também interpelado pelos jornalistas sobre o apagão energético de segunda-feira, o candidato presidencial defendeu que, quando comparado com o de Espanha, “o balanço em Portugal é muito positivo”.

Ainda assim, “nem tudo correu bem, claro, também houve falhas, basta pensar no SIRESP, um pesadelo, sempre cheio de falhas”, ressalvou, apontando a necessidade de se corrigir no futuro aquilo que não correu bem.

Quanto ao anúncio de que 4.574 cidadãos estrangeiros vão ser notificados para sair do país, Marques Mendes saudou o Governo por considerar que “mudou a política e, com isso, a imigração passou a ser mais regulada e mais controlada”.

“Os imigrantes que entraram de forma legal devem estar em Portugal e dar o seu contributo para a economia nacional e para o país”, enquanto os ilegais ou que têm problemas com a justiça, “têm de ser convidados a sair” do país, salientou.

O candidato presidencial também se congratulou com o disse ser a mudança de posição do PS, assinalando que “esta matéria entre Governo e principal partido da oposição é mais consensual”.

“Isso é bom para o país, porque precisamos dos imigrantes, aqueles que estejam legais, justamente porque estamos a perder população, precisamos de emprego e é bom que este tema não seja propriamente um tema de combate político”, acrescentou.

Enquanto visitava a Ovibeja, Marques Mendes cruzou-se com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que também se encontrava no certame, cumprimentando-se os dois com um abraço e conversa de circunstância.

Fotografia | Nuno Veiga/Lusa

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