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Paulo Raimundo: Governo dá “borla fiscal” de 2,5 mil milhões a grandes empresas

O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, acusou hoje o Governo de “beneficiar” os grandes grupos económicos com descontos no IRC no valor de 2,5 mil milhões de euros.

Num almoço com militantes comunistas, em Grândola, Paulo Raimundo “disparou” sobre o Governo liderado por Luís Montenegro: “A pergunta que é preciso esclarecer hoje é quais são os valores de redução dos impostos para as grandes empresas, da redução do IRC para os grandes grupos económicos”.

E deu a resposta, acusando o Executivo de estar a preparar um “pacote fiscal” no âmbito do qual as grandes empresas, até 2028, irão “deixar de pagar 2,5 mil milhões de euros em IRC, em impostos [e] em benefícios fiscais”.

A iniciativa, na qual participou igualmente João Oliveira, cabeça-de-lista do PCP às próximas europeias, reuniu cerca de 800 pessoas nos pavilhões do parque de feiras, em Grândola. E culminou com um discurso do secretário-geral do PCP, durante o qual disse que o “grande capital” tem hoje “mais serventes e melhores condições” na Assembleia da República para “impor a sua política”, ainda que “não tenham as mãos livres para impor as suas opções”.

Quanto ao programa de Governo, que passou esta semana no Parlamento com a abstenção do PS a duas moções de rejeição, uma apresentada pelo PCP e outra pelo Bloco de Esquerda, Paulo Raimundo diz que se trata de um programa “contrário aos objetivos, aos valores e às conquistas de Abril”, referindo que o “combate à injustiça e à desigualdade” corresponde “ao oposto do programa da direita, da AD e do Governo”.

Ainda sobre a Revolução de Abril, o dirigente comunista considera que Portugal “está obrigado a ser um agente da paz” e um “promotor do diálogo”, tendo em atenção a “escalada” da guerra no Médio Oriente, primeiro com o ataque israelita a instalações diplomáticas iranianas na Síria, depois com a resposta militar do Irão, que lançou centenas de drones sobre Israel. 

“Condenamos esta escalada que começou de forma mais expressiva com o bombardeamento de Israel ao Consulado do Irão, em Damasco, e que teve agora esta resposta militar por parte do Irão”, disse Paulo Raimundo, segundo o qual “o Estado português tem de assumir todas as suas responsabilidades, todos os seus instrumentos, todos os seus meios diplomáticos para ser um dos principais instigadores da Paz e do diálogo e não o instigador da guerra”.

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