Em comunicado, a Direção da Organização Regional de Évora (Dorev) do PCP diz que derrapagem de prazos na execução da obra é da responsabilidade do Governo, “o dono da obra”. Inicialmente prevista para 2024, a entrada em funcionamento desta nova unidade de saúde, segundo avançou a Alentejo Ilustrado, não deverá acontecer este ano, faltando ainda decisões em diversas áreas, como o projeto de ligação elétrica ou os concursos para construção de acessos e redes de abastecimento de água e esgotos.
De acordo com o PCP, “estes sucessivos acontecimentos e tentativas de transferências de responsabilidades para a autarquia e para o conselho de administração do Hospital mostram que o Hospital Central do Alentejo não é uma prioridade”.
No texto, os comunistas exigem que “sejam assumidos os procedimentos, financiamento e as medidas públicas” que “transformem em realidade” a nova unidade de saúde.
Ainda de acordo com o PCP, o início de ano está a ser “marcado”, entre outros fatores, “pelo agravamento da falta de médicos” no distrito de Évora e pelo “saque que está a ser feito no Serviço Nacional de Saúde”, com problemas tanto ao nível dos centros de saúde como nas urgências do Hospital de Évora.
Segundo a Dorev, é “gritante” a falta de médicos, com utentes sem médico de família e mais de três anos e a existência de casos, como Arraiolos, onde o Centro de Saúde funciona “longos períodos com apenas um médico ao serviço”.