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Pedro Calapez instala “Clausura” na Igreja de Santiago (Monsaraz)

A obra “Clausura”, de Pedro Calapez, pode ser visitada até ao próximo dia 31 de maio na Igreja de Santiago, em Monsaraz. A peça integra a coleção António Cachola considerada uma das mais importantes coleções privadas portuguesas

Datada de 2021, esta pintura/instalação é, segundo João Pinharanda, diretor do MAAT – Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia de Lisboa, “um especial dispositivo, uma máquina radical, de visão”. “Clausura”, acrescenta, “é uma estrutura quadrangular de estantaria de armazém comercial sem qualquer vocação esteticizante. Virada para um espaço interior, sustém um conjunto de quatro telas e dois espelhos”.

 Ainda de acordo com João Pinharanda, “nenhuma das diferentes imagens assim enclausuradas se consegue ver frontalmente, todas resistem ao olhar que lhes deitamos e todas são campos de enorme instabilidade. Essa instabilidade nasce de vários fatores: cada um dos quatro pontos de observação (colocados nas quatro arestas da estrutura) oferece-nos uma visão diferente do conjunto, mas os espelhos desencontrados que preenchem metade dos dois lados maiores da estrutura acrescentam, com as suas qualidades de reflexão, inúmeras possibilidades àquela variabilidade original”.

Nascido em 1953, em Lisboa Pedro Calapez começou a participar em exposições na década de 1970 e durante a sua carreira expôs em Itália, França, Portugal, Espanha, Alemanha e Brasil, entre outros países. A pintura/instalação “Clausura” foi apresentada pela primeira vez no início de 2023 no Museu de Arte Contemporânea de Elvas (MACE), tendo seguido a sua digressão no Alentejo para exposições no Castelo de Marvão, no Museu Berardo, em Estremoz, na Igreja do Salvador, em Évora, e no Forte da Graça, em Elvas.

Em Monsaraz poderá ser visitada diariamente entre as 9h30 e as 13h00 e das 14h00 às 17h00. 

Recorde-se que em 2016, a coleção António Cachola recebeu o Prémio “A“ ao colecionismo privado da Fundación ARCO (Madrid). Dedica-se, em exclusivo, à produção artística visual portuguesa, sem balizas disciplinares ou temáticas, conta com mais de mil obras, dando especial enfoque aos artistas portugueses que começaram a produzir na década de 1980 e acompanhando as criações contemporâneas nacionais até aos nossos dias.

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