Segundo a presidente da instituição, Maria de Fátima Carvalho, trata-se de uma infraestrutura “moderna, ecológica, segura e duradoura”. O edifício, situado junto à Escola Superior de Tecnologia e Gestão, tem um piso térreo e três pisos elevados, reunindo 327 alojamentos: 126 quartos individuais, 150 duplos, 25 estúdios individuais e 26 duplos. Entre estes, 15 estão adaptados para pessoas com mobilidade reduzida.
O investimento rondou os 22 milhões de euros e inclui ainda zonas de convívio e estudo, cozinhas comunitárias, áreas técnicas, espaços de refeição, lavandaria, ginásio, claustro, pátio interior e uma zona verde descoberta.
Na cerimónia, Maria de Fátima Carvalho afirmou que a residência é “um sonho” e “um marco estratégico” para o Instituto Politécnico de Beja (IPBeja) e para “as condições de vida e de estudo dos mais de 2500 estudantes” da instituição.
A responsável destacou ainda que “em tempo recorde foi possível idealizar, financiar e construir um equipamento moderno que oferece 503 novas camas” e classificou o edifício como “uma referência nacional de construção moderna”, ou seja, “muito mais ecológica, segura e duradoura”.
Presente na cerimónia, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, defendeu que garantir alojamento estudantil no ensino superior é essencial para assegurar maior “igualdade” de oportunidades. Sublinhou também que a Residência Europa vem “demonstrar que é possível construir com outra filosofia, com outro enquadramento, garantindo qualidade, sustentabilidade e rapidez”.
Montenegro justificou a designação do espaço afirmando que “o IPBeja trabalha com a Europa para ser mais forte [e] para fortalecer Portugal”, acrescentando existir “uma esperança” de que se continue a “construir o futuro” do país.
Depois da visita às novas instalações da Residência Europa, o primeiro-ministro aludiu que é dever do Governo “tratar do alojamento dos estudantes que estão no ensino superior, mas também das condições de dignidade das habitações dos estudantes antes daqui chegarem”.
“Naturalmente que queremos garantir que aqueles que estão numa altura decisiva da sua formação, da aquisição de conhecimento, de capacidade inovadora [e] até de aprofundamento e de investigação, tenham condições para realizar essa etapa com sucesso, de maneira a depois aportarem o seu conhecimento ao desenvolvimento do país”, afirmou.
Reforçando ser no sector da Educação que se deve “expressar a dimensão de igualdade” e que deve ser assegurado que “ninguém deixa de estudar por falta de condições económicas ou por distância geográfica aos centros onde se ensina mais e melhor”, o chefe de Governo garantiu que as instituições de ensino superior “estão no centro” da ação do Executivo.
Segundo Luís Montenegro, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), o Governo prevê contratualizar “mais 19 mil camas para estudantes” até ao final do ano. “Temos hoje 32 novas residências concluídas e 104 residências em obra. Quando chegámos ao Governo em 2024, tínhamos apenas 10 concluídas e 46 em obra.[Por isso], este esforço é para continuar e é para levar até ao fim”.
Já o ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, considerou que esta é uma obra que “pode transformar a região”, funcionando como “fator de atratividade para estudantes e de competitividade para estas instituições”. Sublinhou ainda que a nova residência “aumenta a capacidade de receber estudantes deslocados” e constitui “um dos bons investimentos” do Plano de Recuperação e Resiliência.
Fernando Alexandre sublinhou que os Institutos Politécnicos de Beja e de Portalegre “são instituições muito importantes para o desenvolvimento das regiões e para a coesão territorial”.
Texto: Alentejo Ilustrado/Lusa | Fotografia: Nuno Veiga/Lusa











