Em terreno que os sociais-democratas dão por “seguro” – o último presidente socialista, Amílcar Santos, concluiu o mandato há 24 anos – Fermelinda Carvalho tenta a reeleição, considerando que o primeiro mandato “é muito pouco” para executar os projetos que estão traçados para um concelho.
“Tenho a ambição de conseguir resolver aquilo a que eu chamo as grandes questões, nomeadamente a questão da autoestrada [entre Portalegre e Lisboa com ligação a Estremoz], a conclusão das obras da Escola da GNR e a ampliação do Hospital”, diz a cabeça-de-lista da coligação PSD/CDS-PP, apontando ainda como prioridades “a criação de habitação acessível” e a expansão da zona industrial.
Já o PS apresenta Francisco Silva, presidente da concelhia socialista e ex-presidente da União de Freguesias da Sé e São Lourenço (2017/2021, cuja apresentação de candidatura foi feita por Fernando Medina, ex-ministro das Finanças. Entre as principais prioridades inclui a recuperação da parte histórica da cidade: “Queremos recuperar e fazer casas novas para pôr à disposição da juventude, porque acho que isso é muito mais importante que colocar alcatrão”.
A Candidatura Livre e Independente por Portalegre (CLIP) volta também a jogo, desta vez cim uma lista liderada pelo veterinário Ricardo Romão, que acusa Fermelinda Carvalho de ter cumprido um “mandato pífio”, marcado por “políticas simplistas” e pela ausência de estratégia, prometendo recuperar projetos abandonados e avançar com novas soluções para fixar população e atrair investimento.
A CDU, cuja erosão eleitoral é evidenciada pela perda de dois terços dos votos entre 2017 e 2021, concorre com um dirigente “histórico”, Diogo Júlio Serra, ex-dirigente sindical e gestor de projetos sociais. O candidato destaca como prioridades a regeneração urbana através da requalificação do espaço público, a recuperação das comunidades nos bairros históricos e na zona antiga da cidade e a criação de condições para atrair e manter postos de trabalho.
Embora sem a projeção mediática de outros dirigentes, João Lopes Aleixo é uma das figuras mais influentes do Chega, presidindo à mesa do conselho nacional, o mais importante órgão entre congressos. Eleito deputado por Portalegre nas últimas legislativas, é também ele a aposta do partido para as autárquicas, tendo prometido um projecto político com “tolerância zero” à criminalidade grave e corrupção.
Texto: Alentejo Ilustrado | Fotografia: Nuno Veiga/Lusa/Arquivo











