Fonte da GNR explicou que na origem do fogo poderá ter estado uma queima de sobrantes, ou seja, uma queima não autorizada, tendo o homem sofrido ferimentos ligeiros em resultado de queimaduras no braço. As causas concretas da ocorrência vão agora ser investigadas, sendo que o idoso vai ser presente esta quarta-feira a tribunal para primeiro interrogatório judicial e fixação das medidas de coação.

O incêndio começou ontem pelas 15h00 tendo sido combatido por 237 operacionais, 71 veículos e 12 meios aéreos, uma resposta “robusta” por parte da Proteção Civil que evitou o alastrar das chamas. Ainda assim, o fogo só seria dominado ao final da tarde, tendo obrigado ao corte das Estradas Nacionais 18 e 246, não tendo provocado danos em habitações.

Esse perigo existiu, sobretudo na fase inicial, em que o vento fez com que o fogo alastrasse rapidamente a uma encosta com povoamento florestal de pinheiros, tendo os meios aéreos conseguido “desviar as chamas das habitações em Fortios”, conforme explicou João Vaz, 2.º comandante da Protecção Civil do Alto Alentejo.

A presidente da Câmara de Portalegre, Fermelinda Carvalho, agradeceu “a prontidão dos meios acionados e o profissionalismo dos operacionais envolvidos”, sublinhando terem sido “horas de muita apreensão” com o fogo a consumir cerca de 130 hectares de mato e pinhal, entre os Fortios e a Vargem.