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Presidente da Câmara admite problemas de segurança em Évora

O presidente da Câmara de Évora, Carlos Pinto de Sá, diz estar “preocupado” com “um conjunto de situações que têm posto em causa a segurança e a calma que é necessária à população”. Em causa, diz, está sobretudo a instalação de acampamentos temporários ilegais.

A questão da segurança foi levada a reunião de Câmara por Carlos Pinto de Sá. Embora recordando que, deste ponto de vista, “todos os indicadores mostram que temos um dos concelhos mais seguros do país”, o autarca apontou uma série de “casos” que têm surgido: “identificámos questões como indícios de eventuais práticas de tráfico e exploração de migrantes, roubos, abordagens intimidatórias ou mesmo agressivas a cidadãos, ocupações ilegais de edifícios devolutos e de terrenos privados”.

De acordo com Carlos Pinto de Sá, os problemas já foram transmitidos às forças de segurança, em particular à PSP, tendo a autarquia insistido na necessidade do “reforço do policiamento de proximidade”, por ser “absolutamente essencial para garantir uma maior visibilidade das forças de segurança”.

Insistindo na importância de “não sobrevalorizar questões que não devem ser sobrevalorizadas”, desde logo porque “o nível de criminalidade é baixo”, o presidente da Câmara de Évora apontou a existência de acampamentos ilegais como “o primeiro grande problema” de segurança na cidade.

“Évora tem sido cada vez mais atrativa para comunidades ciganas que vêm para cá por razões variadas, porque ouviram dizer que vão ser dadas casas, porque são chamados a fazer programas de formação para terem acesso ao Rendimento Social de Inserção, porque têm pessoas doentes internadas no hospital, ou porque as crianças estão inscritas nas escolas. Há um conjunto vasto de razões para que isso aconteça”, sublinhou, sendo claro num ponto: “a Câmara não os autoriza”. 

Por outro lado, acrescentou, muitos destes acampamentos estão instalados em terrenos privados, o que dificulta a atuação das forças policiais: “Em primeiro lugar tem de ser o proprietário a tomar a iniciativa, depois quando saem daquele sítios instalam-se noutro local e temos de reiniciar todo o processo para cumprirmos o que a lei determina”.

Na reunião de Câmara foram apontados diversos casos de acampamentos ilegais, designadamente junto à antiga Vivenda ou ao Centro Comercial Plazza, junto às escolas do Penedo de Ouro ou da Malagueira, e no Bairro da Malagueira.

Para Henrique Sim-Sim, vereador do PSD, as preocupação de Carlos Pinto de Sá “vêm corroborar” o que os vereadores social-democratas têm vindo a dizer ao longo dos últimos três anos, ou seja, que “o sentimento de perceção de insegurança tem vindo a aumentar” no concelho. “A CDU tem sempre desvalorizado esta questão”, acusou.

Insistindo na necessidade de reforço do efetivo policial e na instalação de um sistema de video-vigilância no Centro Histórico da cidade, Henrique Sim-Sim diz que o fundamental é “não enterrar mais a cabeça na areia e enfrentar este problema com a importância que ele tem”, apontando igualmente denúncias de casos relacionados com o tráfico de seres humanos.

Também José Calixto (PS) e Florbela Fernandes (Movimento Cuidar de Évora) subscreveram as preocupações com este tema, com o socialista a denunciar a existência de “algumas situações-limite” a carecerem de resposta. “A ocupação ilegal de espaço público tornou-se normal e isso não cria um sentimento de segurança”, acrescentou o vereador do PS.

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