Trata-se da renovação da toda a ala poente do Convento de São Bento de Cástris. De acordo com o presidente do Património Cultural – Instituto Público (IP), João Soalheiro, o concurso público desta obra, no valor de 2,5 milhões de euros, já foi lançado.
Esta é, pois, “a primeira empreitada que será lançada no âmbito de Évora Capital Europeia da Cultura”, disse João Soalheiro, afiançando que a consignação dos trabalhos está prevista para a segunda quinzena de agosto, primeira quinzena de setembro “É o que está previsto não, é o que vai acontecer”, advertiu.
João Soalheiro falava em Évora numa sessão sobre os programas artístico e de infraestruturas da CEC Évora 2027, presidida pela ministra da Cultura, Juventude e Desporto, Margarida Balseiro Lopes, e com diversos convidados, tendo destacado a importância do investimento neste convento.
“Aqui em São Bento de Cástris vai ser feito um investimento de 9,5 milhões de euros. Eu quero que Évora tenha consciência de que é, porventura, um dos mais consistentes e importantes investimentos de sempre neste monumento”, sublinhou o presidente do Património Cultural IP, revelando que a ideia passa por transformar este convento “numa casa de cultura, num abrigo de todos, onde todos se possam reconhecer e viver, experienciar a cultura”.
O projeto de requalificação de 2,5 milhões inclui “recuperação de espaços, conservação e restauro de património cultural mais densificado, como pintura e escultura”.
Quanto ao resto da verba para São Bento de Cástris, continuou, vai ser aplicada para “alocar a instalação da futura Orquestra Regional do Alentejo” ou destinada à “recomposição do centro arqueológico para os núcleos arqueológicos da região de Évora, da área do Alentejo Central”.
“Uma outra parte será para a requalificação de caminhos pedonais e de espaços envolventes exteriores da cerca pequena e da cerca grande do convento”, acrescentou, referindo ainda que outra parte “será alocada à intervenção na igreja monástica”.
João Soalheiro considerou que as intervenções de Évora Capital Europeia da Cultura são “importantes, difíceis, mas necessárias” e, o instituto público Património Cultural “tudo” fará para ajudar a concretizar os “sonhos” associados ao projeto.
No entanto, o presidente do instituto avisou a ministra e os restantes presentes na sessão de que existem “dificuldades pelo meio”, sendo que, no que toca ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), “a maior dificuldade neste momento no património cultural [é] compaginar o tempo com a qualidade da intervenção num edificado que é especial”.