Produção de azeite poderá cair, mas mantém peso nas exportações

A produção nacional de azeite deverá situar-se entre 160 mil e 170 mil toneladas na campanha 2025/2026, traduzindo “uma ligeira quebra” face à anterior, estimou a Olivum – Associação de Olivicultores e Lagares de Portugal. Apesar da redução, a associação garante que Portugal continuará a afirmar-se entre os maiores produtores e exportadores mundiais.

Com sede em Beja, a Olivum representa mais de 53 mil hectares de olival, 21 lagares e cerca de 70% da produção nacional de azeite. No arranque da nova campanha, a organização estima que os lagares associados recebam “cerca de 850 milhões de quilos de azeitona, que deverão originar aproximadamente 115 mil toneladas de azeite”, um volume “na linha da última campanha, possivelmente com uma ligeira redução”.

“Face ao peso que os nossos associados têm no setor, prevemos para a presente campanha uma ligeira quebra na produção nacional”, destacou a diretora executiva da Olivum, Susana Sassetti. A responsável sublinhou que, embora este seja “um ano de safra e com novas plantações a entrarem em produção, os efeitos das condições climáticas adversas e fenómenos extremos poderão voltar a afetar os rendimentos, tal como aconteceu no ano passado”.

Ainda assim, manifestou confiança no futuro do sector. “Mantemos a certeza quanto à qualidade do azeite português e acreditamos que a produção continuará a crescer nos próximos anos, fruto da entrada em produção de novos olivais”, afirmou, realçando que “Portugal mantém, assim, a sua posição entre os maiores produtores mundiais”.

A associação anunciou também que 2025 será “um ano com um significado especial” para o setor, com o lançamento do Programa de Sustentabilidade do Azeite. Este projeto prevê a chegada ao mercado do “primeiro azeite certificado com selo de sustentabilidade”, que deverá ser apresentado em novembro.

A Olivum sublinha estar “fortemente empenhada em acompanhar e promover soluções que ajudem a mitigar os efeitos das alterações climáticas e fenómenos extremos”, defendendo que a inovação e a certificação são essenciais para garantir o futuro sustentável da olivicultura portuguesa.

Texto: Alentejo Ilustrado/Lusa | Fotografia: Arquivo/D.R.

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