Projeto da Universidade de Évora premiado no World Architecture Festival

O projeto do Polo de Saúde da Universidade de Évora foi premiado com o WAFX Award, um dos mais prestigiados do mundo.

Assinado pelo arquiteto Tiago Tavares, do gabinete CLOU architects, o projeto foi distinguido na categoria de Envelhecimento e Saúde, numa lista de 28 propostas de arquitetura contemporânea, em diversos categorias, que utilizam o design para responder a grandes desafios globais, como saúde, alterações climáticas ou responsabilidade social.

De acordo com a organização do festival, o Polo de Saúde de Évora deverá estar concluído em 2028 e propõe “uma instalação educativa como um ecossistema aberto e adaptável”, que integra a arquitetura no contexto urbano e natural envolvente para “apoiar modelos evolutivos de aprendizagem, interação social e responsabilidade ambiental”.

Em vez de se apresentar como um edifício fechado, a proposta “emerge do terreno como uma extensão do seu contexto natural e urbano”, resultando num “ambiente poroso e inclusivo” assente em três princípios estruturantes: natureza, aprendizagem e sustentabilidade.

A composição parte da morfologia urbana tradicional, decompondo o volume num conjunto de formas interligadas, que desenham “uma rede de praças, becos e terraços – espaços ao ar livre que prolongam a vida quotidiana para além da sala de aula”.

Segundo a descrição publicada na página oficial do festival, o projeto estimula a fusão entre ensino formal e informal, favorecendo “o diálogo, a espontaneidade e a colaboração”, através de uma cobertura contínua que oferece sombra e abrigo, unificando os diferentes núcleos do edifício.

O prémio WAFX, criado no âmbito do World Architecture Festival, reconhece projetos que se distinguem pela sua visão e capacidade de resposta a desafios contemporâneos através da arquitetura. O vencedor geral será anunciado no encerramento do evento, entre 12 e 14 de novembro, em Miami.

Além do projeto de Évora, foi também premiado o “Echoes of the Void”, do ateliê Segmento Urbano, concebido para as Furnas, na ilha de São Miguel, Açores. Esta proposta destina-se a acolher pessoas em fim de vida, num espaço de silêncio e contemplação, inspirado nas cinco fases do luto.

A fundadora do ateliê, Maria João Correia, sublinhou que a distinção no WAF “reforça o potencial de exportação da arquitetura nacional, num momento em que a procura por soluções mais humanas, sustentáveis e contextuais ganha força no mercado imobiliário internacional”.

O WAF é um dos mais prestigiados festivais mundiais de arquitetura e urbanismo, e nesta edição distinguiu propostas oriundas de diversos países, com enfoque em temas de impacto social e ambiental.

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