Em comunicado, a associação refere que “a assinatura destes primeiros contratos representa um marco importante, constituindo a transição da fase de planeamento para a fase de execução de Évora_27”.
Entre os projetos contemplados está o do Centro de Arte João Cutileiro, que inclui residências para seis artistas europeus, uma exposição e um guia cultural, já em fase de produção em 2025. O Centro de Arte Quetzal, através da curadora Filipa Oliveira, vai “desafiar artistas que são simultaneamente ativistas ambientais, a nível internacional, para estimular o diálogo entre a geologia alentejana e europeia”.
A Universidade de Évora será responsável pelo projeto “Lá nas Árvores”, que consiste numa “open call destinada a músicos de países mediterrânicos que queiram dar concertos para um público diferente: as árvores”. Com a mesma instituição foi assinado o contrato para a bienal de literatura afro-ibero-americana Guadiana, que em 2027 terá curadoria de Antonio Saez Delgado e de Gabriela Harac, estando orçamentados 400 mil euros para duas edições.
Com a associação É Neste País foi formalizado o projeto “Parasitas e Fungos: Fábulas para uma Nova Era”, que pretende convidar “contadores de histórias europeus a criar e a apresentar novas fábulas – algumas para crianças, outras nem tanto – inspiradas na relação entre parasitas, fungos, natureza, animais e humanos”.
A Alma d’Arame vai desenvolver “Solitude”, trazendo “cinco companhias de teatro de marionetas de diferentes pontos do mundo para trabalharem a solo com idosos do Alentejo, criando marionetas para cada pessoa, inspiradas nas suas histórias pessoais (sejam reais ou fictícias)”.
Também foi assinado contrato com a Praça Filmes para “Estórias em Movimento”, projeto que, no livro de candidatura, tinha o título “Liberdade para Repensar o Mundo” e previa a produção de curtas-metragens de animação que “inspirarão a humanidade a agir, a mudar”, envolvendo nomes como Mia Couto, Regina Pessoa, José Eduardo Agualusa, Pedro Serrazina, Virgílio Ferreira, Alê Abreu e João Gonzalez.
Da lista de projetos faz ainda parte “Colecionar para Ensaiar o Mundo”, da Efémera Coleção, que “reunirá colecionadores e coleções de Portugal, e não só, para demonstrar, através do ato obsessivo de colecionar, como o tempo é essencial para construir uma nova ordem para a humanidade”.
O músico António Bexiga vai desenvolver “Voz Comum”, centrado no Cante Alentejano, enquanto a Trienal de Arquitetura de Lisboa apresenta “Sob o Céu da Malagueira”, um programa cultural com curadoria de Nuno Grande, em diálogo com o bairro projetado por Álvaro Siza.
Já a Estação Cooperativa de Casa Branca trabalhará o projeto “Travão de Emergência”, destinado a implementar “um conjunto de atividades transdisciplinares destinadas a restaurar a biodiversidade e imaginar soluções criativas e baseadas na natureza para produzir paisagens mais acolhedoras e estimulantes e para reavivar áreas vazias e negligenciadas”.
Com as Oficinas do Convento foi assinado contrato para “Terracronia”, e com o Cortéx Frontal para “Hypertextile”.
Texto: Alentejo Ilustrado/Lusa | Fotografia: D.R.











