Segundo o PS, o “candidato paraquedista” do Chega não chegou a “aterrar” em Odemira: “Num partido que apregoa no seu discurso político a promessa de mudança e a defesa de uma nova forma de fazer política, esta decisão suscita legítimas dúvidas quanto à sua coerência e compromisso com os eleitores do concelho”.
Os socialistas dizem que a atitude do cabeça-de-lista do partido de André Ventura “constitui um desrespeito pelo processo democrático e pelos cidadãos que participaram de forma consciente nas eleições autárquicas, desvalorizando o princípio da representação e o papel das instituições locais”.
“Será fazer diferente não respeitar o resultado eleitoral? Será fazer diferente apresentar um candidato alheio à realidade local, que acaba por não assumir as responsabilidades para as quais foi eleito? Ou será fazer diferente permitir que o lugar seja ocupado por quem não foi diretamente sufragado para o cargo?”, interroga o PS, criticando ainda a “ausência de qualquer explicação pública” por parte do Chega, “situação particularmente relevante tratando-se de uma força política habitualmente muito ativa na comunicação pública”.
A resposta chegaria horas depois, pela voz de Manuel Matias: “Não merecendo a confiança do povo de Odemira para governar o município, o Rui [Campos Silva] voltou para o mundo das empresas, onde é um excelente gestor, e eu assumi a oposição, que é um trabalho mais político e mais duro do ponto de vista do combate ideológico”.
Texto: Alentejo Ilustrado/Lusa | Fotografia: D.R.











