“Quem tem a responsabilidade de presidir, nada resolve com silêncios táticos, e muito menos com apelos públicos à estabilidade que ainda não procurou, nem ao diálogo que ainda não praticou”, declarou Francisco Figueira, no seu discurso durante a cerimónia de tomada de posse dos órgãos municipais, realizada no Salão Nobre dos Paços do Concelho.
O eleito da coligação “Évora tem Mais Futuro” (PPD/PSD, CDS-PP e PPM) afirmou que “será o diálogo consequente, mas sobretudo as escolhas dos próximos dias”, que terão de dar aos eborenses “as respostas que eles escolheram”. E sublinhou ainda que “Évora não passou um cheque em branco” à gestão socialista, nem será o PSD a fazê-lo.
Francisco Figueira defendeu igualmente a necessidade de uma “auditoria imediata e total” à Câmara Municipal, acusando o PS de não ter querido avançar por este caminho nos últimos quatro anos: “A gestão irresponsável e opaca que, com a caução do PS, a CDU levou a efeito no concelho, exige uma auditoria imediata e total a todo o perímetro de responsabilidades assumidas pelo nosso Município”, referiu.
Já quando ao que define como “alastramento de acampamentos e assentamentos ilegais na cidade”, Francisco Figueira acusa o anterior Executivo de nada ter feito para “enfrentar a situação em devido tempo”, e com isso criar “sérios problemas de segurança e de saúde pública” que “ameaçam agora a nossa própria coesão social e até política”.
“A dramática falta de habitação no concelho, a preços que sejam acessíveis às famílias, e sobretudo aos jovens. A limpeza do espaço público, e os estrangulamentos do trânsito” foram outras áreas que “exigem resposta e intervenção urgente”.
Citando José Saramago – “Nós sempre chegamos onde nos esperam”, Francisco Figueira definiu balizas para os próximos quatro anos: “Não somos oposição. Somos alternativa”.
Texto: Alentejo Ilustrado | Fotografia: Arquivo/D.R.











