Segundo o autarca, em causa está “uma violação dos deveres de imparcialidade e neutralidade exigidos aos órgãos do poder local”.
Henrique Sim-Sim refere que em diversas estruturas publicitárias municipais, como mupis e lonas, “estão a ser divulgadas mensagens sobre intervenções realizadas e terminadas, em alguns casos, há anos”, dando o exemplo do percurso pedonal do Bacelo, que foi inaugurado em 2020. A que soma a divulgação de projetos “sem maturidade técnica”, como o futuro Centro Cultural de Utilizações Múltiplas “que é dado como pronto a ser implementado”quando, na verdade, não tem projeto de execução elaborado ou qualquer fonte de financiamento identificada”.
O vereador do PSD aponta ainda o exemplo da promoção do Plano Local de Habitação de Évora “e dos alegados 63 milhões de euros”, sublinhando ser “notório, e bem conhecido pelos eborenses, o atraso que existe na sua implementação e do financiamento, e as enormes carências habitacionais do concelho”.
De acordo com Henrique Sim-Sim, tratam-se de “iniciativas que não visam disseminar conteúdos informativos ou de interesse público, sendo sim uma clara promoção política com fins eleitorais, o que é reprovável”.
“É politicamente inaceitável que o Executivo CDU utilize designers e estruturas municipais para sua promoção política, naquilo que se pode considerar uma clara tentativa de manipular a população, o que só demonstra o desespero da CDU face à enorme reprovação pelos eborenses da sua governação”, sublinha o vereador social-democrata.
Em comunicado, Henrique Sim-Sim acusa o Executivo camarário, liderado por Carlos Pinto de Sá, de estar “a sobrepor” os interesses eleitorais da CDU “ao interesse público e ao uso criterioso dos recursos financeiros, sobretudo quando sabemos o estado em que se encontram as contas da Câmara de Évora”.