PUBLICIDADE

PSD recomenda ao Governo construção do Bloco de Rega de Reguengos

Os deputados do PSD entregaram no Parlamento um projeto de resolução onde recomendam ao Governo que inclua no Plano de Armazenamento e de Distribuição Eficiente de Água para a  Agricultura “os investimentos e a mobilização dos fundos necessários” à construção do Bloco de Rega de Reguengos de Monsaraz”. 

Os deputados social-democratas pedem ainda ao Governo que “”promova analises técnicas que permitam identificar no concelho de Mourão novas oportunidades de expansão do regadio, de forma a atribuir a este território as ferramentas necessárias ao seu desenvolvimento económico”. 

Projeto já aprovado pela Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA), o denominado Circuito Hidráulico de Reguengos de Monsaraz irá integrar uma área superior a dez mil hectares de regadio, e envolve um investimento estimado em 88 milhões de euros.

O investimento foi autorizado ainda pelo anterior Governo, tendo em conta a “importância estratégica decisiva” do projeto, que “garantirá o funcionamento do sistema de distribuição de água, em quantidade e qualidade adequadas às várias atividades económicas que dela dependem”, mas não chegou a sair do papel.

O projeto de resolução agora apresentado sublinha ser “fulcral  fomentar medidas de mitigação e de adaptação” aos fenómenos gerados pela “nova realidade climática”, com aumento de temperatura, diminuição de precipitação e períodos mais prolongados de seca.  

“A beneficiação hidroagrícola da área relativa ao Circuito Hidráulico de Reguengos  de Monsaraz tem por objetivo proporcionar a prática de regadio de modo a  permitir um melhor aproveitamento dos solos da área de projeto, visando possibilitar um aumento da produção agrícola e uma progressiva alteração do  modelo cultural da agricultura da região, com a previsível introdução de novas  culturas, ou simplesmente a expansão da atividade já praticada, com maiores  opções produtivas e de maior rentabilidade”, sublinham os deputados do PSD.

O documento diz que este investimento irá “contribuir para a dinamização económica da região e para uma tentativa de  inversão da tendência atual de desertificação e, localmente, para a criação de  emprego”, lembrando tratar-se de um território onde “predomina a pequena e média propriedade” e em que o acesso à água para rega “criará condições de sustentabilidade dos sistemas agrícolas locais, sem as quais, muito  dificilmente conseguirão competir com outras regiões do País ou do estrangeiro,  tendo em conta os mercados abertos da produção agro-alimentar”.

“A este propósito”, acrescenta o documento, “é fundamental realçar a extraordinária importância das culturas agrícolas desta  região, tal como a vinha, o olival e outras culturas frutícolas, pelo que geram de riqueza, não só das próprias explorações agrícolas como também de muitas outras  atividades económicas situadas a montante e a jusante da produção agrícola”.

Ainda de acordo com os deputados social-democratas, a construção deste bloco de rega é também “essencial para a manutenção desta  realidade socioeconómica e, determinante para impedir o abandono dos terrenos  agrícolas, assumindo-se a agricultura de regadio como garante da sustentabilidade  económica e do desenvolvimento de determinados territórios”. 

Já no cado de Mourão, é defendido o acesso à água de Alqueva, sendo recomendado ao Governo que realize “os estudos que permitam identificar todas as  condicionantes e apresentar as soluções e calendarização das várias etapas, de  modo a que possam ser facilmente identificadas fontes de financiamento para a sua  execução”.

Partilhar artigo:

edição mensal em papel

Opinião

PUBLICIDADE

© 2024 Alentejo Ilustrado. Todos os direitos reservados.

Desenvolvido por WebTech.

Assinar revista

Apoie o jornalismo independente. Assine a Alentejo Ilustrado durante um ano, por 30,00 euros (IVA e portes incluídos)

Pesquisar artigo

Procurar