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Sines: Quatro dias para celebrar a vida e a obra de Zeca Afonso

Entre 16 e 19 de abril, a memória de um dos mais geniais músicos portugueses percorre os espaços do Centro de Artes de Sines (CAS), com uma exposição, apresentações de livros, palestra e concerto por Filipa Pais. “José Afonso - Música e Liberdade” é uma iniciativa da Câmara de Sines, em parceria com a Tradisom, para assinalar os 50 anos do 25 de Abril.

A iniciativa arranca dia 16 de abril, às 10h00 com a abertura da exposição “José Afonso – Um Universo de Músicas”, com curadoria de José Moças. A mostra está focada na discografia de José Afonso e ficará patente até 19 de abril. No dia da abertura, às 21h30, realiza-se uma visita guiada com o curador, para o público em geral.

Também no dia 16, às 16h00, no átrio do CAS, é apresentado o livro “Os Primeiros Anos”, sobre cartas e postais que José Afonso escreveu a Albano da Rocha Pato, pai de Rui Pato, o primeiro grande instrumentista a acompanhar José Afonso à viola.

O jornalista Albano da Rocha Pato foi um dos primeiros, senão o primeiro, a aperceber-se do talento musical e poético do amigo José Afonso. Em todo o caso, foi seguramente o responsável pelos primeiros artigos de divulgação jornalística da sua obra. Os laços entre os dois amigos mais se estreitaram quando o filho, Rui Pato, guitarrista amador com mãos e intuição de profissional, foi escolhido por José Afonso para o acompanhar na construção da nova canção.

Entre 1962 e 1969, praticamente sozinho, Rui Pato acompanhou José Afonso nos palcos e nos estúdios. Participou nos primeiros discos de baladas, em formato EP, e nos três primeiros álbuns. Construiu a harmonia dessas canções e compôs os acompanhamentos com que procurou encontrar os ambientes musicais ajustados ao conteúdo das canções, deixando todo o espaço ao cantor, tão genial enquanto intérprete como autor.

“O propósito do livro”, diz o autor, Octávio Fonseca, “é reconstituir a história dos primeiros anos da carreira de José Afonso, contada com a ajuda das cartas e dos postais que enviou para Rocha Pato, duas das quais dirigidas a Rui Pato. Fica claro nessa correspondência que a renovação da música popular portuguesa foi levada a cabo por uma equipa-trio que se complementou na perfeição nos papéis específicos de cada um: um autor-cantor, um guitarrista-arranjador e um agente-faz-tudo”.

No dia 17, às 18h00, também no átrio, Octávio Fonseca apresenta o livro “Uma Vontade de Música – As Cantigas do Zeca”, onde defende que é importante não confinar José Afonso na gaveta da música de intervenção, sem compreender a sua dimensão artística universal. Octávio Fonseca volta às 21h30 do mesmo dia para apresentar a palestra “As Canções e os Cantores de Abril”, focada em José Afonso, José Mário Branco e Carlos Paredes, entre outros. 

No dia 18 de abril, às 15h00, Teresa Moure e Maria João Worm apresentam o livro “Zeca Afonso – Balada do Desterro”, a primeira banda desenhada sobre a vida de José Afonso, coedição com a editora galega aCentral Folque.

O programa de atividades dedicada a José Afonso termina no dia 19 de abril, às 21h30, no auditório do Centro de Artes, com um concerto de Filipa Pais, acompanhada por José Moz Carrapa (viola) e Paulo Vicente (piano). A entrada é gratuita mediante levantamento de bilhete.

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