Em declarações à edição eletrónica do “Expresso”, Lucas Bitencourt, cofundador da Arbra, uma empresa internacional de gestão de ativos e consultoria de património, classifica o investimento como “brutal” e garante que “Portugal ainda não tem um projeto deste nível”.
Segundo explica, os 110 milhões de euros de investimento incluem a construção de um empreendimento de luxo que integra 60 quartos, 35 ‘villas’ e 20 casas de campo, “todas com áreas grandes, em terrenos acima de um hectare, com piscina privativa e jardins”. O projeto de arquitetura terá a assinatura do britânico John Pawson.
O empreendimento tomará o nome da Herdade da Palheta, uma propriedade de 300 hectares onde em 2008 se iniciou a construção de um empreendimento turístico do grupo Vila Sol, entretanto abandonado em resultado da insolvência da empresa. A perspectiva de Lucas Bitencourt é que as obras possam começar em 2025, para que o empreendimento seja inaugurado três anos depois.
No início do ano passado, o Município de Redondo anunciou a realização de uma reunião de trabalho, na qual participaram Lucas Bitencourt e os presidentes da Câmara e da CCDR do Alentejo, na qual foi apresentado o master plan do empreendimento (ver fotografia).
Na altura, o presidente da Câmara de Redondo, David Galego, considerou tratar-se de um “investimento estruturante para o futuro” do concelho, “que criará dezenas de postos de trabalhos diretos, reforçará significativamente o número de camas destinadas a dormidas turísticas e que promoverá um impacto muito positivo na economia local, incentivando o reforço da oferta de animação turística, restauração e atividades conexas”.