Uma análise da Alentejo Ilustrado aos dados publicados no Relatório de Segurança Interna (RASI) revela que em 2013 as participações relativas a crimes graves aumentaram 12,3%, comparativamente com o ano anterior. Nos distritos de Beja, Évora e Portalegre foram registadas 349, mais 43 que em 2012.
O aumento é particularmente expressivo no Baixo Alentejo, onde foram efetuadas 149 denúncias de crimes graves às autoridades, uma subida de 24% no espaço de um ano. O mais participado (58 casos) foi o de resistência e coação sobre funcionário, que pune quem “empregar violência ou ameaça grave” contra elementos das forças de segurança.
No caso de Évora, onde o número de casos graves registados pelas autoridades policiais diminuiu ligeiramente, passando de 136 em 2022 para 131 em 2023, este foi também o crime mais participado (36), seguindo-se os roubos na via pública (21).
Já no distrito de Portalegre, o número de casos graves passou de 93 para 112, mantendo-se a resistência e coação sobre funcionário como o mais participado, seguido do crime de extorsão.
Quanto à criminalidade em geral, os dados recolhidos pela Alentejo Ilustrado incluem também os municípios alentejanos do distrito de Setúbal (Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém e Sines) e apontam para um aumento de 6% nas denúncias à GNR e PSP. Em todo o Alentejo, 2023 “fechou” com um total de 17602 crimes participados às autoridades, mais de 48 por dia, sendo que quase um terço do total (5796) ocorreu no distrito de Beja.
Aqui, as principais ocorrências prendem-se com a condução sob o efeito do álcool (1287, nos distritos de Beja, Évora e Portalegre), a que se seguem as ofensas à integridade física simples, ou seja, agressões (1099) e violência doméstica (1067).
