Richard Bernd expõe “Formas de Luz” na Galeria Aqui d’El Arte

Há uma exposição de fotografia para ver na Galeria Aqui d’El Arte, em Vila Viçosa, até ao próximo dia 15 de julho. São trabalhos do fotógrafo alemão Richard Berndt, que descobriu “por acaso” a zona dos mármores. Ana Luísa Delgado (texto)

Há vários acasos na vida de Richard Brendt que justificam a exposição dos seus trabalhos na galeria do Centro de Estudos de Cultura, História, Artes e Patrimónios (Cechap). O primeiro de todos, talvez o fundador, foi a descoberta da vocação para a criação artística do próprio autor.

“Estava em Paris, pode ver a foto aqui atrás, tinha um pequeno tripé comigo e queria fazer uma fotografia, digamos normal, da Torre Eiffel. Então usei o zoom, descobri o quão maravilhoso é o movimento da câmara e isso foi o começo. Depois comecei a procurar objetos iluminados e faço isso o tempo todo”, diz o fotógrafo.

A técnica que utiliza não é difícil de explicar. “Abro a lente por 10 ou 20 segundos, utilizo o zoom e movo a câmara no tripé. Daí este resultado Toda a imagem é desenhada com a câmara, o computador serve apenas para fazer alguns cortes”, acrescenta.

Resolvida a questão técnica, avancemos para o segundo acaso. Deu-se a circunstância de Richard Brendt se ter aventurado numa grande viagem de autocaravana por Portugal, que o conduziu às pedreiras de mármore. “Marquei uma visita guiada à Rota do Mármore. Como estive lá em maio, era o único participante na excursão extralonga”. Daí surgiu a ideia de expor o seu trabalho na região, ainda que tenha pensado mostrar detalhes das construções alentejanas.

Tem uma coleção delas, de Beja a Portalegre, “são detalhes, não gosto de cartazes”, mas acabou por trazer fotografias tiradas noutras partes do mundo, da tal imagem icónica da Torre Eiffel, a fotografias do metro de Berlim, do Museu de Linz ou do Festival da Luz de Frankfurt.

“A seleção de fotografias aqui apresentada”, dizem as curadoras Ana Cravo e Conceição Cordeiro, “é realizada sobre ambientes de algumas cidades da Europa em que o autor enfatiza uma estranha paridade entre o arquitetural e o maquinal em movimento, ainda, entre espacialidades exteriores de natureza tecnológica e urbana”.

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