Roberto Chichorro expõe memórias e símbolos africanos em Reguengos

As cores intensas, as memórias de infância e os símbolos de uma África plural chegaram a Reguengos de Monsaraz. Até julho, o concelho alentejano acolhe 34 obras de Roberto Chichorro, um dos maiores nomes da arte contemporânea africana.

Um total de 34 pinturas do artista plástico moçambicano Roberto Chichorro, considerado um dos maiores nomes da arte contemporânea africana, está patente no concelho de Reguengos de Monsaraz, até julho. 

Em comunicado, a Câmara de Reguengos de Monsaraz refere que a mostra intitula-se “Memórias de um Andarilho” e pode ser visitada na sede de concelho e também na vila medieval de Monsaraz.

A exposição, inaugurada no sábado passado, pode ser apreciada pelo público no Auditório António Marcelino da Biblioteca Municipal da sede de concelho, até 10 de junho, e na Igreja de Santiago, na vila de Monsaraz, até 06 de julho.

O artista apresenta 34 obras, divididas por aqueles dois espaços culturais do concelho alentejano, nomeadamente pinturas em acrílico sobre tela, técnica mista sobre papel, tinta da China sobre papel e técnica mista sobre cartão, precisou o município. 

De acordo com a autarquia, Roberto Chichorro nasceu em 1941, em Moçambique, no Bairro da Mafalala, “epicentro de vida, cultura e resistência em Lourenço Marques, atual Maputo, onde viveu intensamente o cruzamento de culturas que influenciaria toda a sua obra”. 

“As suas criações são marcadas por cores vibrantes, simbolismo e narrativas visuais que retratam a cultura africana, a memória, a história e o quotidiano moçambicano”, destacou o Município. 

Com exposições internacionais desde 1960, Roberto Chichorro explora técnicas como a pintura a óleo e a aguarela, a zincogravura, a serigrafia, a cerâmica e as técnicas mistas. Através da sua obra, o artista “promove a diversidade cultural e étnica de Moçambique, enfatizando a importância de preservar e valorizar a identidade africana”.

As suas telas, continuou o município, “retratam cenas do quotidiano, rituais, música, dança, mas também a repressão vivida durante o período colonial”. 

“Roberto Chichorro levou Moçambique aos palcos mais prestigiados da arte contemporânea e inspirou gerações de jovens artistas”, frisou.

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