De portas fechadas desde 1988, o Salão Central Eborense “volta a ganhar vida como equipamento cultural ao serviço da cidade”, refere a Câmara de Évora, revelando que a reabertura ocorrerá “com arruadas, animação de rua e um espetáculo com a participação de artistas locais” no próximo dia 14 de setembro, pelas 18h00. A obra de requalificação representou um investimento de 2,5 milhões de euros, tendo o projeto sido cofinanciado por fundos comunitários.
“O novo Salão Central Eborense, completamente remodelado a partir do estado de ruína, dá assim lugar a um moderno equipamento multiusos que será peça fundamental em 2027, aquando da celebração da Capital Europeia da Cultura”, sublinha fonte autárquica, acrescentando que, até lá, o espaço “assumirá um papel central no panorama cultural da cidade, constituindo-se como infraestrutura de suporte aos grupos e associações que, na capital alentejana, dedicam a sua atividade às artes e ao espetáculo”.
“A recuperação deste icónico edifício dá cumprimento a uma aspiração antiga da população eborense, tanto pelo impacto positivo na vida cultural, como pela ligação emocional que persiste no imaginário dos habitantes, principalmente do centro histórico”, diz ainda a Câmara de Évora, lembrando que a obra de requalificação “preservou a imagem exterior da estrutura original”.
O edifício foi mandado construir em 1916, pelo empresário José Augusto Anes, como espaço de cultura e variedades e, ao longo dos anos, ‘passou pelas mãos’ de diversos proprietários, sempre com a predominância da exibição de cinema. Com o passar do tempo a afluência de público diminuiu, levando ao seu encerramento definitivo no final dos anos 80, tendo a câmara municipal adquirido o imóvel em 1996.