“Sentir a Terra” marca arranque da programação artística de Évora_27

Quatro concertos, um ‘workshop’ e uma instalação sonora compõem “Sentir a Terra”, a primeira iniciativa da programação artística de Évora_27 – Capital Europeia da Cultura, que decorre entre os dias 23 e 26 deste mês, propondo uma reflexão sobre a relação entre a música, o território e a paisagem sonora do Alentejo.

A Associação Évora 2027 anunciou que “Sentir a Terra” será o primeiro evento do projeto “Lá nas Árvores”, com direção artística de Ana Telles, marcando o arranque da programação artística da Capital Europeia da Cultura Évora_27. O ciclo integra ainda outros dois momentos, intitulados “Levantar Voo”, em 2026, e “Coexistir, Construindo Futuro”, em 2027.

De acordo com a organização, “Sentir a Terra” decorre entre os dias 23 e 26, em vários espaços da cidade, e propõe ao público “uma escuta alargada sobre a relação entre a música, o território e a paisagem sonora, com particular foco na ligação ao Alentejo”.

O programa tem início com “O Canto das Sementes”, que inclui dois concertos pelo Ensemble DME, nos dias 23 e 24, às 21h00, no auditório do Colégio Mateus d’Aranda. O primeiro concerto apresenta as obras “Hematite”, de Jaime Reis, “Sobre a areia o tempo poisa”, de Sara Carvalho, “Melancholia”, de Miguel Azguime, e, em estreia mundial, “Iconographiae”, de Valerio Sannicandro.

O segundo concerto é dedicado a peças de jovens compositores – Luana Ambrósio, João Ricardo, Yanis Lel-Masri e Cristóvão Almeida – que “trabalharam inspirados em temas como a desflorestação ou a poluição nas redes digitais”.

No dia 25, às 18h00, também no Colégio Mateus d’Aranda, realiza-se o concerto-conferência “Paisagem Sonora Natural e Património Imaterial do Alentejo”, com o compositor Carlos Marecos e a pianista Ana Telles.

A última jornada do evento arranca no dia 26, às 10h00, no Palácio D. Manuel, com um ‘workshop’ orientado por Jaime Reis, que propõe “um olhar criativo sobre o tratamento dos sons da natureza na música eletroacústica”.

Ainda no dia 26, às 18h00, o mesmo espaço acolhe um concerto “inteiramente dedicado à música acusmática”, com destaque para a peça “Viola Sylvestris”, do compositor austríaco Thomas Gorbach. O programa inclui também a estreia de uma obra da compositora Mariana Vieira, inspirada no som dos chocalhos, e outras peças selecionadas através de uma ‘open call’ internacional lançada em setembro.

Nos dias 25 e 26, entre as 14h00 e as 17h00, o Coreto do Jardim Público de Évora recebe uma instalação sonora com obras acusmáticas escolhidas na mesma chamada, oferecendo “uma escuta mais atenta às diferentes paisagens sonoras representadas nas obras”.

“Lá nas Árvores”, integrado na candidatura de Évora_27, é uma coprodução da Universidade de Évora, Projecto DME e Associação Lisboa Incomum, e pretende promover o diálogo entre arte, território e sustentabilidade através da criação contemporânea.

Texto: Alentejo Ilustrado/Lusa | Fotografia: D.R.

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